Goma, 27 de novembro de 2024 – A liberdade de imprensa na República Democrática do Congo (RDC) está em perigo, evidenciada pelas ameaças diretas contra Djodjo Djamba, um renomado jornalista que trabalha para a estação de rádio NURU FM em Bunia, na província de Ituri.
Djodjo Djamba, também jornalista do Iturivision.net, foi forçado a esconder-se em 27 de novembro de 2024, temendo represálias de um bando de jovens do campo da PM, conhecido pelas suas atividades de banditismo urbano no distrito de Lumumba, na comuna de Mbunya. . Estes indivíduos criticam o jornalista pela transmissão, no dia 18 de novembro de 2024, durante o noticiário das 19 horas, de uma entrevista com o Sr. Amos Dhedi, figura política de Bunia, criticando as ações deste grupo que ameaça e extorque bens de cidadãos inocentes. .
Este clima de ameaça intensificou-se com o ataque, no dia 25 de novembro de 2024, às 18 horas, do técnico Oxygène Djabero, da rádio NURU FM. Confundido com Djodjo Djamba, ele foi atacado e roubado de seus pertences antes de ser libertado com um aviso explícito: “Você tem sorte, vá dizer a Djodjo Djamba que ele é procurado por nós e que uma vez entre nós, ele não conseguirá. saiu vivo.”
Perante esta situação alarmante, o Observatório para a Liberdade de Imprensa em África (OLPA) manifestou a sua preocupação, condenando veementemente estas ameaças que prejudicam a liberdade de imprensa. A OLPA apela às autoridades militares de Ituri para que garantam a segurança do pessoal da rádio NURU FM e tomem medidas para garantir a proteção dos jornalistas sob ameaça.
Estes acontecimentos destacam os riscos enfrentados pelos jornalistas envolvidos na sua missão de informar e defender a verdade. Destacam a necessidade de proteger a liberdade de expressão e garantir a segurança dos profissionais da comunicação social que trabalham em ambientes hostis.
Como sociedade civil e cidadãos, é essencial apoiar e proteger aqueles que arriscam as suas vidas para denunciar a realidade e defender os valores democráticos. A independência dos meios de comunicação social e a liberdade de imprensa são pilares essenciais de uma sociedade democrática onde a verdade e a transparência são fundamentais.
É portanto crucial condenar estes actos de violência e ameaças, e apoiar os jornalistas que, apesar dos riscos, continuam a sua missão de testemunho e informação. A solidariedade com os profissionais da comunicação social em perigo é uma responsabilidade colectiva que demonstra o nosso compromisso com a liberdade de expressão e a defesa dos direitos fundamentais.