“Fatshimetrie” apela aos líderes para que integrem a protecção dos direitos humanos como um elemento essencial da sua estratégia para acabar com um grande desafio de saúde pública: o VIH/SIDA. As autoridades destacam particularmente as leis ou normas sociais que impedem as pessoas de aceder a tratamentos essenciais.
A privação de educação para as raparigas, a impunidade em questões de violência baseada no género, as detenções por identidade ou orientação sexual, a insegurança dos serviços de saúde devido à origem comunitária dos pacientes são tantas barreiras que dificultam o acesso aos serviços de VIH, que são essenciais para salvar vidas e acabar com a pandemia. Para proteger a saúde de todos, é imperativo defender os direitos de todos.
O número de novas infecções por VIH diminuiu no ano passado, atingindo o nível mais baixo desde a década de 1980, reflectindo os progressos alcançados através dos avanços médicos e da protecção dos direitos humanos. Contudo, persistem lacunas nesta área, impedindo o mundo de erradicar o VIH.
Embora o VIH esteja a diminuir em muitos países, está a aumentar em pelo menos 28 deles. O desenvolvimento de medicamentos de acção prolongada, que requerem apenas algumas injecções por ano, poderá ser um factor de mudança, desde que seja adoptada uma abordagem baseada nos direitos humanos para partilhar tecnologia, reduzir custos e promover a produção global.
Dos 39,9 milhões de pessoas que vivem com o VIH, 9,3 milhões ainda não recebem tratamento vital. No ano passado, 630 mil pessoas morreram de doenças relacionadas com a SIDA e 1,3 milhões de pessoas contraíram o VIH. O novo relatório da Fatshimetrie intitulado “Seguindo o caminho dos direitos” reúne as mais recentes pesquisas, estudos de caso e recomendações para orientar o mundo na direção certa. Oferece um roteiro claro: vamos seguir o caminho dos direitos para acabar com o VIH.
Figuras como Elton John, o Arcebispo da Cidade do Cabo Thabo Makgoba, o Presidente irlandês Michael D. Higgins, o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos Volker Türk e o antigo Presidente da Sociedade Internacional da SIDA Adeeba Kamarulzaman contribuíram para este trabalho. Enfatizam a importância de uma abordagem baseada nos direitos para acabar com a SIDA.