A luta contra a violência contra as mulheres e as jovens é uma questão crucial que marca todos os anos os 16 dias de activismo na República Democrática do Congo. Estas jornadas de sensibilização e mobilização visam destacar as muitas formas de violência sofridas pelas mulheres e incentivar a sociedade a agir para erradicá-las.
Num contexto onde as redes sociais se tornaram espaços propícios à divulgação de imagens chocantes e violentas, o responsável da MONUSCO, Bintou Keita, condenou recentemente esta prática. Ela sublinha, com razão, que a difusão repetida de tais imagens viola as regras de dignidade e respeito pelos seres humanos. É essencial sensibilizar a população para as consequências destes actos e promover comportamentos respeitosos e atenciosos para com as mulheres.
Os números alarmantes dos relatórios da ONU sublinham a dimensão do problema: uma em cada três mulheres já foi vítima de violência baseada no género na sua vida. Além disso, a cada dez minutos, uma mulher morre nas mãos do companheiro. Estas estatísticas reflectem uma realidade sombria e inaceitável, que exige uma acção colectiva e urgente.
Os convidados do programa “Diálogo entre Congoleses” fornecem perspectivas e análises essenciais para compreender e combater esta violência. Tania Mokolo Ndjoli, Jean Claude Disashi e Saoli Diakiesse partilham os seus conhecimentos e experiência para encontrar soluções eficazes e sustentáveis.
É crucial reforçar as ações de sensibilização, apoiar as vítimas e punir severamente os autores da violência. A educação dos jovens, a promoção da igualdade de género e o reforço dos mecanismos de protecção são alavancas essenciais para reduzir, ou mesmo eliminar, esta violência.
Os 16 dias de activismo para as mulheres na RDC são uma oportunidade para lembrar a todos que a luta contra a violência contra as mulheres é assunto de todos. É hora de acabar com esta cultura de violência e construirmos juntos um futuro mais justo e seguro para todos.