A beatificação de Floribert Bwana Chui Bin Kositi: quando a integridade e a justiça se tornam mártires da fé
No tumulto do mundo de hoje, onde a corrupção e a desonestidade parecem reinar supremas, há exemplos que brilham como estrelas na noite. Floribert Bwana Chui Bin Kositi, um jovem católico congolês assassinado em 2007 em Goma, encarna esta luz na escuridão. A sua beatificação, autorizada pelo Papa Francisco, é um lembrete de como a integridade e a justiça podem tornar-se mártires da fé.
Floribert, nascido em 1981, trabalhou como gerente de escritório no Gabinete de Controlo Congolês (OCC). Foi recusando-se a validar a entrada de alimentos estragados provenientes do Ruanda que selou o seu destino. Apesar dos subornos e da pressão, ele permaneceu inflexível, colocando a própria vida em risco para preservar a saúde pública. A sua fé e os seus princípios eram inabaláveis, as suas ações guiadas por uma profunda convicção: viver para Cristo e não para os bens perecíveis deste mundo.
Membro dedicado da Comunidade de Sant’Egidio, Floribert dedicou o seu tempo livre à ajuda às crianças da rua, demonstrando assim o seu amor ao próximo e o seu compromisso com os mais necessitados. O seu compromisso não se limitou às palavras, mas traduziu-se em ações concretas, arriscando a sua própria segurança.
O seu assassinato brutal, descrito como um martírio pela Igreja Católica, revela a profundidade do seu compromisso com a verdade e a justiça. Dom Faustin Ngabu sublinhou que Floribert perdeu a vida por causa da sua honestidade, transformando assim a sua morte num poderoso testemunho da sua fé cristã.
Durante a sua visita à República Democrática do Congo em 2023, o Papa Francisco destacou o exemplo de Floribert perante milhares de jovens, sublinhando a sua coragem e resistência face à corrupção. Floribert poderia ter escolhido o caminho mais fácil, mas preferiu permanecer fiel aos seus valores, preferindo morrer a trair a sua consciência.
Hoje, a beatificação de Floribert Bwana Chui Bin Kositi recorda-nos que a integridade e a justiça são valores preciosos, dignos de serem defendidos mesmo com risco de vida. A sua história convida-nos a refletir sobre as nossas próprias escolhas, sobre a força das nossas convicções e sobre o poder transformador da fé. Floribert continua a ser um modelo inspirador para todos aqueles que aspiram a uma sociedade mais justa e honesta, onde a verdade e a retidão guiem as nossas ações.