**Fatshimetrie: Por uma luta eficaz contra a violência contra as mulheres na República Democrática do Congo**
A luta contra a violência contra as mulheres e as raparigas na República Democrática do Congo é uma luta essencial que exige uma mobilização inabalável de todos os intervenientes da sociedade. O coordenador humanitário na RDC, Bruno Lemarquis, apelou recentemente à unidade de forças para pôr fim a esta violência insuportável que afecta diariamente muitas mulheres.
As estatísticas são alarmantes: a cada 10 minutos em todo o mundo, uma mulher é morta intencionalmente pelo seu parceiro ou familiar. Este flagelo, inaceitável e desumano, tem de acabar. A violência baseada no género é um grande obstáculo ao desenvolvimento social e económico da RDC. Criam traumas profundos nas comunidades e dificultam a plena participação das mulheres na vida pública.
As autoridades congolesas já tomaram medidas para combater esta violência, mas são necessários esforços adicionais. A prevenção, a educação, a implementação de respostas multissectoriais, o apoio às vítimas e o combate à impunidade devem estar no centro das políticas públicas para pôr fim a este flagelo.
A ONU, através da iniciativa “Unidos para acabar com a violência contra as mulheres até 2030”, apoia estas ações e incentiva a mobilização internacional em favor da proteção das mulheres e meninas. Os 16 dias de activismo lançados recentemente são uma oportunidade para renovar compromissos e responsabilizar os decisores para tomarem medidas concretas face a esta violência.
A violência sexual, utilizada como arma de guerra principalmente no leste da RDC, deixa cicatrizes indeléveis nas vítimas e nas comunidades. Os corpos das mulheres e das meninas não deveriam ser campos de batalha. É essencial pôr fim a esta barbárie e garantir a segurança e a dignidade de todas as mulheres congolesas.
Em conclusão, a luta contra a violência contra as mulheres na RDC só pode ser eficaz se fizer parte de uma abordagem global e coordenada, envolvendo todos os intervenientes da sociedade. É tempo de agir, de mudar mentalidades, de promover a igualdade de género e de defender os direitos das mulheres e das raparigas. O futuro da RDC depende da nossa capacidade de pôr fim a esta violência e construir uma sociedade mais justa e inclusiva para todos.