Um acontecimento trágico abala o Médio Oriente: o desaparecimento e descoberta do corpo de Zvi Kogan, cidadão israelita radicado nos Emirados Árabes Unidos. Este caso, descrito como um “ato terrorista anti-semita” pelas autoridades israelitas, chocou profundamente a comunidade internacional.
Zvi Kogan, cidadão israelo-moldavo e representante do movimento religioso Chabad, estava desaparecido desde a tarde de quinta-feira. O seu corpo acabou por ser encontrado pelas autoridades dos Emirados Árabes Unidos, provocando uma onda de indignação e condenação.
Numa declaração conjunta no domingo, o Gabinete do Primeiro-Ministro israelita e o Ministério dos Negócios Estrangeiros classificaram o assassinato de Zvi Kogan como um “hediondo crime terrorista anti-semita”. Israel disse que usaria todos os meios necessários para levar os responsáveis à justiça.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, também condenou o ato como “covarde e hediondo, caracterizado pelo terror anti-semita”.
Antes desta tragédia, o Gabinete do Primeiro-Ministro já tinha emitido uma recomendação aos cidadãos israelitas, instando-os a evitar viagens desnecessárias aos Emirados Árabes Unidos. Este caso levanta questões sobre a segurança e protecção dos cidadãos israelitas no estrangeiro.
Zvi Kogan foi um forte defensor da difusão do Judaísmo nos Emirados Árabes Unidos. Ele contribuiu notavelmente para a criação do primeiro centro de educação judaica na região, bem como para a difusão da comida kosher. O seu compromisso com a sua comunidade e a tolerância religiosa foram elogiados por muitos membros da comunidade internacional.
A esposa de Zvi Kogan, Rivky, de nacionalidade americana, enfrenta agora uma terrível provação. O seu tio, o rabino Gavriel Holtzberg, perdeu a vida nos ataques de Mumbai em 2008, marcando mais uma vez a ligação trágica entre o terrorismo e a comunidade judaica.
Através deste caso, toda uma comunidade é afectada, recordando a necessidade de lutar contra o anti-semitismo e o terrorismo, dois flagelos que ameaçam a paz e a segurança em todo o mundo. Ao honrar a memória de Zvi Kogan, devemos também continuar a sua luta pela justiça, tolerância e paz entre os povos.