Extracção ilegal de madeira em Faradje: Acção urgente para preservar o ambiente e as comunidades locais

No território de Faradje, localizado em Haut-Uele, na República Democrática do Congo, foi lançado um alerta pelas forças da sociedade civil. De acordo com as investigações realizadas por esta organização, foi observada exploração madeireira massiva e ilegal entre 2020 e 2024, principalmente por operadores estrangeiros, a grande maioria ugandeses.

O coordenador desta estrutura, Jean-Claude Malitano, revelou que estes operadores estrangeiros utilizam uma licença única para cobrir as atividades de vários operadores florestais da região. Esta situação levanta uma série de questões, nomeadamente a cumplicidade de determinados serviços responsáveis ​​pela cobrança de impostos, que participam activamente nesta exploração ilegal ao tributar arbitrariamente a população local.

Na verdade, os agentes destes serviços facilitam a exploração ilegal através da cobrança de impostos não regulamentados, e chegam mesmo a exigir direitos consuetudinários. Este conluio entre operadores estrangeiros e agentes locais não só compromete o equilíbrio ambiental da região, mas também põe em perigo os recursos naturais essenciais à sobrevivência das comunidades locais.

Perante esta situação alarmante, Jean-Claude Malitano apela às autoridades provinciais para que tomem medidas urgentes para restaurar a ordem no sector florestal. Propõe a criação de brigadas dedicadas em entidades territoriais descentralizadas para monitorizar e regular a exploração da madeira, bem como a criação de parques madeireiros onde os impostos possam ser cobrados legalmente.

Além disso, as revelações relativas a alguns agentes dos serviços envolvidos que se deslocam ao Uganda para cobrar estes impostos levantam questões sobre o destino dos fundos arrecadados. É imperativo que sejam tomadas medidas para investigar e pôr fim a estas práticas que são prejudiciais à economia local e ao ambiente.

Em conclusão, a situação de exploração ilegal dos recursos florestais no território de Faradje é alarmante e exige uma acção imediata das autoridades competentes para pôr fim a estas práticas nocivas. É essencial proteger as florestas e as comunidades locais, garantindo simultaneamente a exploração sustentável dos recursos naturais para as gerações futuras.

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