A missão de Judith Suminwa a Bunia para avaliar o estado de sítio nas províncias de Ituri e Kivu do Norte suscitou debates acesos e expectativas contrastantes entre a população e as partes interessadas locais. A Primeira-Ministra terminou a sua estadia com declarações que sugerem perspectivas divergentes sobre o futuro da situação de segurança nestas atormentadas regiões da República Democrática do Congo.
O objetivo principal desta avaliação foi reunir as opiniões e recomendações dos vários intervenientes, de forma a formular recomendações concretas a submeter ao Presidente da República para ações apropriadas. Judith Suminwa sublinhou a importância de ter em conta o contexto específico de cada uma destas províncias, a fim de garantir um retorno duradouro à paz e segurança para as populações locais.
As expectativas da população e dos representantes locais eleitos foram claramente expressas durante estas consultas. Enquanto alguns defendem veementemente o levantamento imediato do estado de sítio, argumentando que este não conseguiu reduzir a insegurança e até exacerbou a violência na região, outros, como os líderes tradicionais do Caucus, acreditam, pelo contrário, que a manutenção desta medida excepcional é necessária enquanto as milícias armadas não forem desarmadas.
Os debates também destacaram outras questões importantes para o desenvolvimento destas províncias, como a necessidade de melhorar as infra-estruturas rodoviárias para promover o crescimento económico da região. Os operadores económicos defenderam assim a renovação das estradas nacionais, sublinhando a importância de tais medidas para estimular a actividade económica e promover a prosperidade das populações locais.
Em última análise, a decisão do Presidente da República relativamente ao futuro do estado de sítio em Ituri e no Kivu do Norte basear-se-á numa análise detalhada das recomendações feitas durante esta missão de avaliação. Será uma questão de encontrar um equilíbrio delicado entre os imperativos de segurança e as aspirações de desenvolvimento e de paz duradoura nestas regiões atormentadas por numerosas tensões. O futuro destas províncias dependerá, portanto, das decisões tomadas nas próximas semanas, à luz das consultas lideradas por Judith Suminwa e por todos os actores envolvidos na procura de soluções para um futuro melhor para todos.