Difícil travessia do Rio Congo na RN2: Usuários aguardam solução

Os utentes da RN2 enfrentam grandes dificuldades no troço Samba-Kasongo devido à avaria do ferry que atravessa o rio Congo. Apesar dos apelos às autoridades, não foi encontrada nenhuma solução concreta para resolver este problema, obrigando os operadores económicos a utilizar canoas motorizadas caras para fazer a travessia. É crucial que o governo intervenha rapidamente para garantir a fluidez das trocas económicas e humanas na região.
Fatshimetria: Travessia do Rio Congo dificultada na RN2, usuários aguardam solução

Há vários dias que os utentes da estrada nacional número 2 (RN2) enfrentam uma situação muito preocupante no troço Samba-Kasongo, localizado no sul da província de Maniema. Com efeito, o chefe do sector de Basonge 2 Mweho lamentou na passada quinta-feira, 21 de Novembro, a provação vivida pelos viajantes, consequência directa da avaria do ferry do Gabinete de Estradas que assegura a travessia do rio Congo.

Lumbule Amisi, chefe do sector de Basonge 2 Mweho, descreveu as dificuldades encontradas pelos utentes desta estrada essencial. “Estamos passando por uma provação. As dificuldades são inúmeras e a maior é a da travessia. Acabaram de reparar que como o ferry está submerso em Mulenda, a travessia torna-se uma dor de cabeça. As pessoas e os operadores económicos estão a ter muita dificuldade em fazer passar os seus veículos aqui na praia central do rio Kasongo”, expressou com uma pitada de consternação.

A situação foi agravada pela falta de uma resposta concreta por parte das autoridades, apesar dos pedidos de ajuda ao Gabinete de Estradas e aos doadores. Os utilizadores da RN2, prisioneiros em ambas as margens do Rio Congo, aguardam impacientemente que seja encontrada uma solução viável para este problema que tem um grande impacto na fluidez das trocas económicas e humanas na região.

Para ultrapassar esta situação, os operadores económicos estão a fazer o que podem, utilizando três canoas motorizadas para garantir a travessia de veículos, pessoas e mercadorias. No entanto, esta alternativa não é isenta de custos, uma vez que se estima que seriam necessários pelo menos 50 milhões de francos congoleses (aproximadamente 17.650 USD) para adquirir estas três canoas, ou aproximadamente 8 milhões de francos congoleses por canoa.

Perante esta realidade, torna-se imperativo que o governo, seja nacional ou provincial, tome consciência da urgência de intervir para ajudar a população afectada por esta situação preocupante. Estabelecimento de um novo ferry operacional, atribuição de fundos para a aquisição das canoas necessárias, todas as iniciativas devem ser exploradas para garantir a continuidade do comércio e a mobilidade das populações neste importante eixo rodoviário.

Entretanto, os utilizadores da RN2 continuam a demonstrar desenvoltura e resiliência para garantir a travessia do rio Congo, enquanto aguardam uma solução duradoura e eficaz para pôr fim a esta provação diária.. A situação actual neste troço Samba-Kasongo demonstra mais uma vez a necessidade de investir em infra-estruturas rodoviárias e meios de transporte para garantir o desenvolvimento harmonioso desta região de Maniema e fortalecer o comércio com as outras províncias da República Democrática do Congo.

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