Num anúncio recente da Nigerian National Petroleum Corporation Limited (NNPCL), a entrada em funcionamento da refinaria de Port Harcourt provocou um alvoroço de opiniões divergentes, com grupos da sociedade civil a apelar à prudência e à transparência.
A Coligação para a Responsabilidade e Transparência no Sector Energético (CATES), liderada pelo Dr. Linus Ikwur, expressou preocupações sobre o estado operacional da refinaria, na qual os nigerianos investiram milhares de milhões. Ele disse que a refinaria pode não ser uma instalação em pleno funcionamento, mas sim uma planta de mistura.
Esta controvérsia ganhou força após o anúncio da NNPCL de que a refinaria de Port Harcourt havia começado a distribuir produtos. No entanto, as investigações do Sahara Reporters revelaram que a refinaria ainda não era capaz de produzir gasolina, mas apenas misturava componentes para criar gasolina local de qualidade duvidosa.
Confrontado com estas revelações, o porta-voz da NNPCL defendeu o processo de mistura como prática padrão nas refinarias a nível mundial. Mas estas explicações não convenceram grupos como os Cidadãos Preocupados da Nigéria, que questionaram a integridade da empresa e apelaram a uma investigação.
A controvérsia em torno da refinaria de Port Harcourt realça a crescente frustração entre os nigerianos relativamente aos atrasos persistentes e à má gestão da infra-estrutura petrolífera do país, que é crucial para resolver problemas recorrentes de abastecimento de combustível.
Este caso destaca a importância crucial da transparência e da responsabilização no sector da energia para garantir que os investimentos públicos beneficiem verdadeiramente as pessoas. Os apelos a uma gestão mais rigorosa e a controlos mais rigorosos são mais necessários do que nunca para garantir a utilização adequada dos recursos e o desenvolvimento sustentável do sector energético na Nigéria.