O caso da profanação do mausoléu de Patrice Lumumba em Kinshasa chocou e escandalizou profundamente a opinião pública. As imagens deste acto hediondo, ocorrido na Place de l’Echangeur em Limete, suscitaram a indignação e a raiva de muitos congoleses e não só.
Guy-Patrice Lumumba, filho do falecido líder independentista, expressou a sua profunda preocupação com este incidente que manchou a memória do seu pai, símbolo da luta pela independência do Congo. Sublinhou legitimamente o carácter revoltante desta profanação, ocorrida 64 anos depois dos acontecimentos históricos que marcaram a adesão do país à independência.
O acto de profanação contra o túmulo de Patrice Lumumba não pode ser considerado uma simples questão trivial. Isto é um ataque à história, à memória colectiva e ao património nacional do Congo. Com efeito, o património histórico e cultural de um país deve ser respeitado e preservado, como testemunho precioso das lutas e dos sacrifícios empreendidos pela construção de uma nação livre e soberana.
As palavras de Guy-Patrice Lumumba levantam uma questão fundamental: porque é que a família Lumumba, depois de todos estes anos, ainda tem de suportar tais provações e ver a memória do seu pai constantemente manchada? É legítimo questionar as motivações que levaram a tal acto de profanação e com que fins foi perpetrado.
O Ministério da Cultura e das Artes condenou veementemente este acto bárbaro e prometeu medidas rigorosas contra os responsáveis por esta profanação. É essencial que a justiça seja feita e que os culpados sejam identificados e levados à justiça para que tais actos repugnantes não voltem a acontecer.
A solidariedade e o apoio à família Lumumba devem ser expressos de forma inegável. É imperativo que o governo congolês tome todas as medidas necessárias para garantir a segurança e preservação do mausoléu de Patrice Lumumba, um símbolo da história nacional e da luta pela liberdade.
Em conclusão, a profanação do mausoléu de Patrice Lumumba é uma lembrança brutal da fragilidade da memória colectiva e da necessidade imperiosa de preservar legados históricos para as gerações futuras. O Congo e o mundo inteiro devem condenar com a maior firmeza estes actos de vandalismo que visam apagar o passado e destruir as raízes de uma nação.