*Fatshimetria: Quando a arte encontra o envolvimento cívico*
O Festival Amani de Goma, evento chave na cena cultural congolesa, foi mais uma vez palco de um encontro entre arte e engajamento cívico. Na verdade, durante o segundo dia do festival, os activistas da Lucha aproveitaram esta oportunidade para sensibilizar o público para as questões cruciais da paz e segurança no leste da República Democrática do Congo.
No centro desta iniciativa, encontramos cartazes poderosos que transportam mensagens fortes como “Hakuna Congo bila Beni”, “Parem o Genocídio” ou mesmo “Não ao tribalismo”. Estas palavras ressoam como apelos à ação, gritos de revolta contra a injustiça e a violência que grassam em certas regiões do país. A La Lucha, através do seu stand no Festival Amani, conseguiu fazer deste espaço festivo um local de sensibilização e sensibilização, onde cada festivaleiro é convidado a comprometer-se com um futuro mais tranquilo e seguro.
A campanha lançada por Lucha, intitulada “Tuna Choka na vita, amani sasa”, é uma expressão do cansaço e da determinação dos cidadãos em pôr fim aos conflitos que destroem o país. Ao dar a todos a oportunidade de escrever uma palavra, uma frase, um desejo de paz dirigido às populações vítimas de violência, esta iniciativa pretende criar uma ponte entre aqueles que sofrem e aqueles que esperam uma mudança positiva para todos.
Ao oferecer um espaço de expressão e partilha no âmbito do Festival Amani, Lucha demonstra que a arte e o envolvimento cívico podem unir-se para dar origem à mobilização colectiva em favor da paz. Cada mensagem, cada palavra, cada desejo representa uma voz que se levanta contra a opressão e a violência e que apela à solidariedade e à justiça.
Assim, o Festival Amani, longe de ser simplesmente uma celebração cultural, transforma-se num local de resistência e luta por um futuro mais justo e seguro para todos. La Lucha lembra-nos que a paz não é um luxo, mas uma necessidade, e que cada um de nós tem um papel a desempenhar na construção de um mundo melhor. Ao unir a arte e o envolvimento cívico, podemos fazer ouvir as nossas vozes e trabalhar em conjunto para um futuro de paz e prosperidade para todos os habitantes da República Democrática do Congo.
Num contexto em que a violência e os conflitos continuam a ser flagelos persistentes em muitas regiões do país, é essencial apoiar iniciativas como as de Lucha, que destacam as verdadeiras questões de paz e segurança na RDC. Ao usar a arte como ferramenta de conscientização e mobilização, Lucha nos lembra que a luta por um futuro melhor é assunto de todos e que cada gesto conta na construção de um mundo mais justo e pacífico.