A exposição “Os Esquecidos de Lwiro” de Esther N’sapu, encerrada no Texaf Bilembo em Kinshasa, cativou olhares e comoveu corações. Com impressionante precisão, o fotógrafo conseguiu revelar a história pouco conhecida do Centro de Pesquisa em Ciências Naturais Lwiro, localizado em Kivu do Sul, na RDC. Através de suas fotos, ela nos convida a mergulhar em um passado repleto de memórias e emoções, onde a natureza exuberante se mistura à arquitetura colonial.
Os rostos marcados pelo tempo de ex-funcionários e os vestígios de uma época passada ganham vida sob as lentes de Esther N’sapu. Cada plano conta uma história, cada olhar congelado no momento convida-nos a uma profunda introspecção. É uma verdadeira viagem no tempo, uma janela aberta para um passado esquecido mas tão rico em lições.
Ao dar voz a estas pessoas esquecidas, Esther N’sapu devolve a dignidade a estes homens e mulheres que dedicaram as suas vidas à investigação e ao desenvolvimento da região. O seu trabalho vai muito além da simples exposição fotográfica, é um acto de memória, um dever de transmitir um património muitas vezes negligenciado. Ao associar imagens a testemunhos, cria um diálogo entre o passado e o presente, entre o indivíduo e a comunidade.
Num mundo onde a história por vezes se perde nas voltas e reviravoltas do esquecimento, a exposição “Os Esquecidos de Lwiro” lembra-nos a importância de preservar a memória colectiva. Esther N’sapu oferece-nos um testemunho precioso sobre uma parte pouco conhecida da história congolesa, revelando a beleza e a grandeza deste povo esquecido que deixou a sua marca no Centro de Investigação em Ciências Naturais de Lwiro.
Ao ouvir o podcast da artista, mergulhamos um pouco mais no seu mundo, descobrimos os bastidores da criação desta exposição, conhecemos as motivações e os desafios que ela teve que superar para dar vida a esta obra tão única. projeto. É uma visão fascinante da alma de um artista apaixonado, comprometido e profundamente humano.
Concluindo, a exposição “Os Esquecidos de Lwiro” é muito mais do que uma simples série de imagens congeladas no tempo, é uma vibrante homenagem à memória destas pessoas esquecidas que merecem ser redescobertas e celebradas. Esther N’sapu lembra-nos com talento e sensibilidade que por trás de cada rosto esquecido esconde-se uma história, uma vida, anos de dedicação e paixão. A sua obra é um ato de resistência ao esquecimento, um convite à reflexão sobre a nossa relação com o passado, com a memória e a importância de preservar o nosso património para as gerações futuras.