Fatshimetria
No centro das notícias europeias está um debate crucial: o emprego de pessoas com deficiência. Embora a semana dedicada a esta causa decorra de 18 a 24 de novembro na União Europeia, é essencial perguntar-nos se a UE está realmente à altura deste grande desafio social.
Com cerca de 100 milhões de pessoas com deficiência no Velho Continente, as desigualdades persistem flagrantemente. Três em cada quatro pessoas saudáveis têm emprego, enquanto apenas metade das pessoas com deficiência consegue encontrar trabalho. Esta disparidade realça os obstáculos e a discriminação que estas pessoas enfrentam diariamente.
Insegurança, dificuldades de mobilidade, discriminação: existem inúmeros desafios para as pessoas com deficiência. Apesar dos avanços recentes, como a adoção de novas diretivas sobre o Cartão Europeu de Deficiente e o Cartão Europeu de Estacionamento pelo Conselho, em outubro passado, estas medidas levarão quase três anos para entrar em vigor. Esta temporalidade levanta questões sobre a real prioridade dada à deficiência pelas instituições europeias.
Perante estes desafios persistentes, é imperativo que a nova Comissão e o novo Parlamento tomem medidas concretas para promover a integração profissional das pessoas com deficiência. São necessárias ações rápidas e eficazes para garantir a igualdade de oportunidades e o respeito pelos direitos fundamentais de todos na União Europeia.
Nesta semana dedicada ao emprego de pessoas com deficiência, é fundamental sensibilizar a opinião pública e os atores políticos para esta questão essencial. A inclusão e a diversidade são valores fundamentais que devem ser defendidos e promovidos em todos os níveis da sociedade. É tempo de tornar o emprego das pessoas com deficiência uma prioridade absoluta e de implementar políticas ambiciosas para incentivar a sua plena participação no mundo do trabalho.
A União Europeia tem a oportunidade de dar o exemplo em termos de inclusão e igualdade, colocando a deficiência no centro das suas preocupações e da sua acção. É hora de agir para construir uma sociedade mais justa e unida, onde todos, quaisquer que sejam as suas diferenças, tenham o seu lugar e possam contribuir plenamente para o progresso e o bem-estar coletivo.