Rejeição de candidaturas de MPS: questões de transparência eleitoral no Chade


Fatshimetrie: Rejeição de várias candidaturas de MPS para as eleições no Chade de dezembro de 2024

O órgão eleitoral responsável pela organização das eleições legislativas e locais de 29 de dezembro de 2024 rejeitou várias candidaturas do Movimento de Salvação Patriótica (MPS), partido do ex-presidente do Chade Idriss Deby, hoje o principal apoio do seu filho Mahamat Idriss Deby, atual presidente. do Chade. Entre os candidatos rejeitados está Mahamat Zen Bada, secretário-geral do MPS.

No total, seis candidatos ao MPS tiveram as suas candidaturas rejeitadas, incluindo cinco por penas de prisão no passado, principalmente por casos de desvio de fundos públicos. Alguns deles foram condenados por corrupção, o que motivou a sua exclusão do processo eleitoral.

Mahamat Zen Bada, secretário-geral do MPS, também foi demitido devido a uma condenação por falsificação e falsificação de documentos públicos e desvio de fundos públicos em 2012. Embora tenha beneficiado de um posterior indulto presidencial, este último não é suficiente para apagar o condenação do registo criminal, ao contrário de uma anistia. A Agência Nacional de Gestão Eleitoral decidiu que a ficha limpa apresentada pelo candidato era falsificada, pondo assim em causa a sua legitimidade para concorrer às eleições.

O MPS, através da sua porta-voz Issa Doubragne, indicou que estava a verificar a informação e prometeu apoiar os candidatos vencidos em eventuais recursos ao Conselho Constitucional, este último a ser interposto no prazo de cinco dias.

Esta decisão de rejeitar as candidaturas do MPS levanta questões sobre a transparência e integridade do processo eleitoral no Chade. Destaca também as questões ligadas à moralização da vida política e ao combate à corrupção no país. A participação eleitoral e a legitimidade dos candidatos são elementos essenciais para garantir eleições livres e justas, capazes de reflectir a vontade democrática do povo chadiano.

A situação atual exige uma maior vigilância por parte das autoridades eleitorais, da sociedade civil e da comunidade internacional para garantir o respeito pelos padrões democráticos e a realização de eleições transparentes e inclusivas no Chade. Estes acontecimentos realçam a necessidade de reforçar os mecanismos de controlo e supervisão do processo eleitoral, a fim de garantir a integridade e legitimidade das instituições democráticas no país.

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