A gestão do tráfego rodoviário em Kinshasa sofreu recentemente uma grande reviravolta com o anúncio de novas medidas destinadas a optimizar a fluidez e reduzir o assédio policial. Na verdade, a Polícia Rodoviária (PCR) já não está autorizada a parar condutores em certas artérias principais da capital congolesa, nomeadamente no Boulevard du 30 Juin e na Avenue de la Libération.
Estas estradas, conhecidas pelo seu tráfego denso e muitas vezes uma fonte de tensão, não verão mais veículos policiais parando os motoristas, exceto em caso de avaria ou infração grave. Esta medida visa melhorar a mobilidade dos utentes da estrada, limitando ao mesmo tempo os abusos e o assédio que por vezes enfrentam.
Entre as alterações notáveis, as viaturas policiais estão agora proibidas de levar carros particulares para a apreensão, exceto em caso de emergência justificada. Esta nova directiva visa garantir o respeito pelos direitos dos condutores e limitar o abuso de poder.
O Vice-Comissário Divisional Blaise Kilimbambalimba, Comandante da Polícia Nacional em Kinshasa, sublinhou a importância de os condutores vítimas de práticas abusivas contactarem directamente a polícia para denunciar qualquer irregularidade. Este desejo de transparência e comunicação aberta entre as autoridades responsáveis pela aplicação da lei e os cidadãos demonstra um desejo real de reforçar a confiança e o respeito mútuo.
Estas novas medidas marcam um passo importante na melhoria da gestão do tráfego rodoviário em Kinshasa e na luta contra práticas abusivas. Ao promover um ambiente mais harmonioso e respeitoso nas estradas da capital congolesa, estas decisões deverão ajudar a melhorar a qualidade de vida dos residentes e a reforçar a segurança rodoviária na região.
Em suma, a implementação destas novas directivas representa um passo significativo no sentido de uma melhor regulamentação do trânsito e de uma luta mais eficaz contra o abuso policial nas estradas de Kinshasa. Esperamos que estas medidas tragam os resultados esperados e ajudem a estabelecer um clima de confiança e respeito mútuo entre as autoridades responsáveis pela aplicação da lei e os utentes da estrada.