Fatshimetrie: Mobilização contra qualquer modificação da Constituição e um terceiro mandato para Félix Tshisekedi
A cena política na República Democrática do Congo foi recentemente animada por um retumbante apelo lançado por diversas figuras políticas, movimentos de cidadãos e partidos da oposição. Reunidos numa conferência de imprensa em Kinshasa, manifestaram a sua firme oposição a qualquer alteração da Constituição que pudesse permitir a Félix Tshisekedi concorrer a um terceiro mandato à frente do país.
O apelo, feito pelo presidente do grupo Alternativa 2028, Ados Ndombasi, soa como um grito de guerra pela preservação da democracia congolesa. Ao descrever o suposto desejo de Félix Tshisekedi de modificar a Constituição como uma tentativa de ditadura, Ados Ndombasi apela aos congoleses para que se mobilizem contra o que ele considera uma tentativa de perpetuar o poder.
Para este ator político, o Presidente da República falhou na sua missão ao ignorar o interesse geral e privilegiar os seus próprios desígnios políticos. O questionamento do pacto de estabilidade republicano e a busca de um terceiro mandato, ou mesmo de um reinado vitalício, são vistos como iniciativas egoístas com consequências potencialmente desastrosas para a democracia congolesa.
O apelo à mobilização lançado por Ados Ndombasi apela aos congoleses para que se levantem contra a regressão democrática. Convida uma reunião de acordo com o artigo 64 da Constituição, num espírito de unidade e reafirmação dos princípios democráticos fundamentais. Os signatários desta mobilização, incluindo figuras influentes na cena política congolesa, pretendem lembrar às pessoas que ninguém pode reivindicar ter mais de dois mandatos à frente do país.
Delly Sessanga, Jean-Claude Katende, Fred Bauma e muitos outros unem-se a este apelo para defender as conquistas democráticas do povo congolês. Representam a voz de uma oposição determinada a preservar a integridade da Constituição e a evitar qualquer desvio autoritário.
Num contexto político marcado por incertezas e tensões, este apelo à mobilização dos cidadãos ressoa como um aviso a toda a classe política congolesa. Ele sublinha a importância da unidade e da vigilância para defender as conquistas democráticas duramente conquistadas pelo povo congolês.
A iniciativa lançada em Kinshasa insere-se numa dinâmica de resistência pacífica e de defesa dos princípios democráticos. Confrontados com questões cruciais para o futuro da nação congolesa, os actores políticos e os cidadãos estão a mobilizar-se para fazer ouvir as suas vozes e preservar o futuro democrático do país.
Em conclusão, este apelo à mobilização representa um desafio ao poder em vigor e marca o início de uma mobilização cidadã determinada a defender a democracia e as liberdades fundamentais.. Cabe agora aos Congoleses levantarem-se, unirem-se e fazerem ouvir as suas vozes para preservar o futuro democrático do seu país.