Fatshimetrie, o jornal online ávido por informação exclusiva e relevante, destaca a recente intervenção de Augustin Kabuya, secretário-geral da União para a Democracia e o Progresso Social (Udps), no acalorado debate em torno da modificação da Constituição da RDC. Num discurso poderoso e direto, Kabuya apontou o dedo à Conferência Episcopal Nacional do Congo (Cenco) pela sua oposição a esta iniciativa levada a cabo pelo partido no poder.
Augustin Kabuya, fiel à sua reputação de líder ousado, denunciou vigorosamente o tom ameaçador e violento utilizado por alguns prelados católicos para contrariar o projecto de reforma constitucional. Referiu-se ao referendo de 2005, onde ele e outras figuras políticas protestaram contra uma Constituição considerada tóxica na altura. Sublinha a surpreendente reviravolta de alguns membros do Cenco que, depois de terem denunciado a Constituição em 2005, hoje a defendem de corpo e alma. Kabuya questiona a sua sinceridade e levanta questões legítimas sobre a sua posição.
O compromisso inabalável da Udps no desenvolvimento de uma nova Constituição adaptada às realidades congolesas reflecte-se nas observações resolutas de Kabuya. Ele insiste na necessidade de dotar o país de um quadro constitucional seguro e alinhado com as necessidades da população. A sua visão clara e determinada destaca o desejo profundo do partido no poder de contribuir para a construção de uma sociedade democrática e equitativa para todos os congoleses.
A intervenção de Kabuya revela as tensões e as principais questões políticas que rodeiam o processo de reforma constitucional na RDC. O seu discurso intransigente chama não só a classe política, mas também toda a sociedade congolesa para a importância crucial desta abordagem para o futuro do país.
Em última análise, Augustin Kabuya personifica a determinação e a vontade de trabalhar para uma mudança positiva na RDC, apesar dos obstáculos e da oposição encontrados. O seu apelo a uma Constituição renovada que respeite as aspirações do povo congolês ressoa como um apelo à unidade e à construção de um futuro melhor para todos.