No emocionante mundo político das eleições presidenciais dos Estados Unidos de 2024, uma delegação da Comissão Eleitoral Nacional Independente da República Democrática do Congo participou recentemente do Programa Eleitoral Americano (USEP 2024) em Washington D.C., iniciado pela Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (IFES). Esta imersão no sistema eleitoral americano permitiu à delegação congolesa descobrir as especificidades e nuances do processo eleitoral nos Estados Unidos, proporcionando assim uma valiosa perspectiva comparativa para o futuro das eleições na RDC.
Didi Manara, 2º vice-presidente do Céni, partilhou as suas observações sobre as diferenças significativas entre as práticas eleitorais americanas e congolesas. Destacou particularmente a descentralização do sistema eleitoral americano, onde cada estado desenvolve as suas próprias regras e métodos de votação. Esta flexibilidade, em contraste com o processo mais centralizado na RDC, abriu perspectivas interessantes para uma potencial reforma eleitoral no país.
A eficiência do recenseamento eleitoral nos Estados Unidos, facilitada pela existência de um registo populacional e pela possibilidade de recenseamento no dia da votação, preocupou particularmente a delegação congolesa. Esta comparação destaca a importância de inovar nos métodos de registo eleitoral na RDC para encorajar uma maior participação democrática.
Didi Manara também destacou os benefícios do voto antecipado nos Estados Unidos, resultando num processo eleitoral tranquilo e eficiente no dia das eleições. Esta prática, apoiada por um sistema de votação semi-electrónico em Washington D.C., oferece caminhos de reflexão para melhorar a logística das eleições na RDC e reforçar a confiança dos eleitores no processo democrático.
Além disso, as sessões de formação em que participou a delegação congolesa abordaram temas essenciais como a integridade da informação, o papel da inteligência artificial na liberdade de expressão ou o envolvimento dos cidadãos na política. Estes intercâmbios enriquecedores sublinharam a importância de reforçar os mecanismos democráticos na RDC, inspirando-se nas boas práticas observadas durante esta experiência americana.
Em conclusão, a imersão da delegação congolesa no processo eleitoral americano em 2024 ofereceu uma perspectiva estimulante para o futuro da democracia na RDC. Ao retirar lições desta experiência transatlântica, a Comissão Eleitoral Nacional Independente poderia considerar reformas inovadoras adaptadas à realidade congolesa, destinadas a reforçar a transparência, a eficiência e a legitimidade de futuras eleições.