No coração do território Luozi, eclodiu um conflito sem precedentes entre a sociedade civil desta região e o administrador Alfred Ngoma Tesa Lossa. Os activistas locais manifestaram um claro desmentido deste administrador, acusando-o, em particular, de cumplicidade na venda ilegal de terras na região Centro-Kongo. As críticas são numerosas e o ambiente é tenso após uma série de ações consideradas ditatoriais levadas a cabo por Ngoma Tesa Lossa.
As vozes da sociedade civil levantaram-se durante um fórum de expressão popular em Luozi. O presidente desta organização, Eugène Kanza Tonda, declarou que a população estava farta do comportamento autoritário do administrador e o repudiou firmemente. As queixas são múltiplas: desrespeito pelos direitos constitucionais, desprezo pela população local e gestão questionável de recursos e terras.
A tensão é palpável em Luozi, onde a sociedade civil apela a Ngoma Tesa Lossa para abandonar imediatamente o território e reportar-se à sua hierarquia. Este pedido é um forte sinal enviado às autoridades provinciais e nacionais, que neste momento parecem estar à margem deste conflito. A falta de reação das autoridades à situação suscita incompreensão e indignação entre os habitantes de Luozi.
Perante estas acusações, o administrador Ngoma Tesa Lossa defende-se afirmando que não foi instaurada qualquer acção disciplinar contra ele e convidando a sociedade civil a fornecer provas das suas alegações. Ele também afirma o seu apego à sua terra natal, Luozi, insistindo no facto de que a sociedade civil não pode derrubar um poder existente.
Este conflito revela tensões profundas no seio da comunidade Luozi e realça a importância do diálogo e do respeito pelos direitos dos cidadãos. Destaca questões essenciais ligadas à governação local e à gestão dos recursos naturais. Num contexto de crescente desconfiança em relação às autoridades, é crucial encontrar soluções pacíficas e respeitosas para preservar a harmonia e o bem-estar da população de Luozi.