Renovando a Justiça na República Democrática do Congo: Os Estados Gerais de Esperança

Os Estados Gerais de Justiça na República Democrática do Congo, iniciados pelo Presidente Felix Tshisekedi, reúnem 3.500 intervenientes-chave com o objetivo de realizar um diagnóstico aprofundado do sistema judicial congolês. Esta iniciativa visa identificar disfunções e propor reformas inovadoras para fortalecer e tornar a justiça mais transparente. O tema “Por que a justiça congolesa está doente?” destaca a urgência de mudanças significativas. Estas reuniões representam uma oportunidade única para reinventar a justiça congolesa, restaurar a confiança dos cidadãos e construir um futuro melhor para o país.
Kinshasa, 5 de Novembro de 2024 – O Palácio da Justiça de Kinshasa acolhe esta quarta-feira os estados gerais de justiça na República Democrática do Congo, sob a liderança do Presidente Felix Tshisekedi. Esta tão esperada reunião surge nove anos depois das reuniões anteriores, em 2015, com o objectivo principal de realizar um exame aprofundado e crítico do estado actual do sector judicial congolês.

Reunindo nada menos que 3.500 intervenientes-chave do sistema judicial, desde magistrados a especialistas nacionais e internacionais e defensores dos direitos humanos, estas reuniões gerais visam realizar um verdadeiro inventário e identificar as principais disfunções e desafios enfrentados pela justiça congolesa.

Para Constant Mutamba, Ministro da Justiça, esta iniciativa visa alcançar reformas inovadoras e corajosas, necessárias para fortalecer e tornar a justiça mais transparente a favor de todos os cidadãos da RDC. O tema escolhido para esta reunião, “Por que a justiça congolesa está doente?”, destaca a necessidade urgente de fazer mudanças significativas após resoluções anteriores que permaneceram letra morta desde 2015.

A decepção do Presidente Tshisekedi com a situação do sistema judicial é palpável, como evidenciado pelas suas recentes observações, declarando que o actual sistema judicial é prejudicial ao desenvolvimento da nação congolesa. Ao lançar estes Estados Gerais, o Chefe de Estado proporciona um pólo ao sector para trabalhar colectivamente para identificar lacunas e propor soluções concretas com vista à construção de um Estado de direito sólido na RDC.

Estas reuniões prometem, portanto, ser uma oportunidade única para a justiça congolesa se reinventar, para se reconectar com a sua missão principal de garantir a justiça, a transparência e a protecção dos direitos de todos os cidadãos. O objectivo final é restaurar a confiança da população no sistema judicial e construir um futuro melhor para a República Democrática do Congo.

Em suma, os Estados Gerais de Justiça na RDC não representam apenas mais uma reunião, mas um passo crucial na busca da excelência e da justiça para um pilar fundamental de qualquer Estado de direito: a justiça.

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