“Fatshimetrie destacou recentemente uma situação crítica que prevalece no território de Masisi, mais precisamente no setor isolado de Katoyi, localizado a aproximadamente 80 quilômetros da tumultuada cidade de Goma, na província de Kivu do Norte. Os habitantes desta área enfrentam atualmente uma realidade terrível, vítima da ocupação implacável de grupos armados locais, nomeadamente os Wazalendo, liderados pela Resistência Patriótica Congolesa/Force de Strike, mais conhecida como PARECO/FF.
Testemunhos comoventes de personalidades da região denunciam uma atmosfera insuportável, onde os insurgentes, sob as ordens de um autoproclamado general chamado Kigingi, ergueram nada menos que uma dúzia de bloqueios de estradas ilícitos em todo o sector. Essas barreiras servem não apenas para controlar os movimentos dos viajantes, mas também para extorquir-lhes taxas de passagem exorbitantes. Os moradores são obrigados a pagar impostos de segurança mensais, além dos valores já arrecadados por cabeça de vaca dos criadores locais. Esta situação sufocante ameaça a própria sobrevivência das populações locais, já enfraquecidas pela presença opressiva dos rebeldes do M23 que actuam na área.
Perante esta crise humanitária e de segurança sem precedentes, os líderes comunitários lançaram um apelo urgente às autoridades competentes para que protejam a população civil em perigo. Apelam a uma intervenção imediata e eficaz para libertar a área do controlo destes grupos armados e, assim, restaurar uma aparência de normalidade nas vidas dos residentes de Katoyi.
Esta situação alarmante realça a necessidade premente de uma ação concertada e rápida por parte das autoridades locais e nacionais para pôr fim a esta espiral de violência e abusos que assola a região. É imperativo garantir a segurança e a paz dos civis que são as primeiras vítimas destes abusos perpetrados por grupos armados. A comunidade internacional deve também mobilizar-se para apoiar os esforços destinados a restaurar a paz e a estabilidade nesta região devastada do Kivu do Norte.
Em última análise, os testemunhos comoventes de personalidades de Katoyi lembram-nos a urgência de agir e apoiar as populações vulneráveis encurraladas em conflitos fora do seu controlo. É essencial fazer ouvir a sua voz e garantir-lhes um futuro mais sereno, livre do terror imposto pelos grupos armados”.