Fatshimetrie, 5 de Novembro de 2024 – Enquanto a capital da República Democrática do Congo, Kinshasa, enfrenta uma preocupação crescente relacionada com a venda de alimentos no terreno, foi lançada recentemente uma sensibilização para combater esta prática perigosa. O administrador do mercado Matadi-Kibala, localizado na comuna de Mont-Ngafula, manifestou-se preocupado com este fenómeno durante uma entrevista.
Segundo Don-Bénie Lukau, os comerciantes do mercado, apesar dos displays especialmente dedicados a eles dentro da estrutura, preferem vender na beira da estrada, expondo assim os seus produtos a vários riscos. Este hábito, embora deplorado pela administração do mercado, persiste, com legumes, tomates e outros alimentos colocados directamente no chão, sem qualquer consideração pelas normas básicas de higiene.
Esta situação é tanto mais alarmante quanto o lixo se acumula à volta destas exposições improvisadas, perto da estrada nacional e em espaços públicos vizinhos. Apesar dos apelos à responsabilização por parte das autoridades locais e das ações de limpeza levadas a cabo por organizações como a Fundação Gaston Ngoma, o problema persiste.
A Fundação Gaston Ngoma, especializada na limpeza de calhas, realizou intervenções de limpeza das instalações, mas é evidente que os resíduos rapidamente ressurgiram. Gaston Ngoma sublinhou a necessidade de todos cuidarem do ambiente em que operam, de forma a preservar a limpeza dos locais de comércio e de vida.
Esta prática de venda de alimentos no local, infelizmente, não é exclusiva de Kinshasa, mas afecta muitos dos mercados da cidade. Apesar dos óbvios riscos para a saúde que representa, os vendedores citam vários motivos, como a falta de mesas ou o baixo número de clientes nos mercados, para justificar o seu comportamento.
É crucial que sejam tomadas medidas concretas para sensibilizar e educar tanto os vendedores como os consumidores sobre os riscos associados à venda de alimentos em condições de higiene questionáveis. São necessárias ações regulares de sensibilização e esforços coletivos de limpeza para garantir a saúde e o bem-estar de todos os residentes de Kinshasa.
A Fatshimetrie continua atenta à evolução desta questão e continuará a informar os seus leitores sobre as ações empreendidas para melhorar as condições de saúde e ambientais na capital congolesa.