Desastre silencioso em Kinshasa: a erosão assola os distritos de Eradi e Ngafani

Os bairros de Eradi e Ngafani são atingidos pela tragédia após a erosão devastadora causada pelas chuvas torrenciais. Os moradores enfrentam perdas materiais e deslocamentos forçados. As autoridades locais estão a tomar medidas para avaliar os danos e iniciar trabalhos de reparação. Esta catástrofe realça a importância de reforçar as infra-estruturas para proteger as comunidades vulneráveis. A solidariedade e a capacidade de resposta das autoridades são cruciais para evitar novas crises semelhantes no futuro.
Os bairros de Eradi e Ngafani, na comuna de Mont Ngafula, em Kinshasa, são actualmente palco de uma tragédia silenciosa que atingiu os habitantes, deixando um desespero palpável. Desde as chuvas torrenciais de 19 de outubro, um acontecimento inesperado perturbou a vida de muitos moradores destes bairros. O grande coletor de água da Avenida Tsanga Norte, enfraquecido pelo mau tempo, cedeu, criando uma erosão devastadora.

A catástrofe natural mergulhou estes bairros no caos, comprometendo o acesso essencial à água potável e à electricidade. Lotes inteiros de terreno foram engolidos pela fenda aberta, deixando várias casas parcialmente suspensas no ar. Para muitos moradores, a emergência agora consiste em salvar o que ainda pode ser salvo, como Michel, obrigado a sair de casa e se refugiar com os vizinhos: “Tem erosão, é por isso que estamos tirando os lençóis, porque não tem maneira de viver aqui.”

Além das perdas materiais e do deslocamento forçado de populações, a erosão criou um novo perigo iminente. Instalações vitais, como tubulações de água e postes de eletricidade, foram destruídas pelas violentas enchentes, colocando os moradores em maior risco. Pierre Yombi, promotor da escola “Les Canons”, testemunha esta situação crítica: “Ao longo deste grande colector havia canos de água, postes SNEL, tudo desapareceu com os postes de alta tensão do SNEL próximos. .

Perante esta catástrofe em curso, as autoridades locais apelaram à mobilização de recursos para uma intervenção urgente. O prefeito de Selembão, Mathias Bonunu, tomou medidas para avaliar os danos e iniciar os trabalhos de reparação. Exorta a população a manter a calma e garante a coordenação dos esforços contínuos para resolver a crise: “Entrámos em contacto com os responsáveis ​​do SNEL para que libertem os seus cabos e para que esta empresa possa iniciar os trabalhos”.

Esta tragédia realça a urgência de reforçar as infra-estruturas e as medidas de prevenção de riscos naturais para proteger as comunidades vulneráveis. Acontecimentos recentes destacam a necessidade de investir na resiliência dos bairros urbanos face aos riscos climáticos crescentes.

A solidariedade e a capacidade de resposta das autoridades e instituições serão cruciais para responder eficazmente às necessidades das populações afectadas e para prevenir novas crises semelhantes no futuro. Unindo forças e agindo em concertação, podemos superar este desafio e construir um futuro mais seguro e resiliente para todos.

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