**Questões quentes no Senado: O apelo à solidariedade com as vítimas das demolições em Mbuji Mayi**
Durante a recente sessão plenária da quarta legislatura, um assunto muito preocupante foi levado à atenção do Senado pelo Honorável Alphonse Ngoyi Kasanji, vice-presidente da comissão PAJDH. Trata-se da demolição de 768 terrenos em Mbuji Mayi, uma operação que perturbou profundamente a vida de muitas famílias, obrigadas a passar noites sob as estrelas.
Esta situação alarmante suscitou de imediato a reacção do gabinete da Sama, que anunciou uma missão de acompanhamento ao governo para garantir o cumprimento das disposições legais no decurso desta operação. Sama Lukonde sublinhou a importância de tomar todas as medidas necessárias para garantir a dignidade e os direitos das pessoas impactadas por este projecto.
Durante a sua intervenção, Alphonse Ngoyi Kasanji destacou o incumprimento dos procedimentos de indemnização previstos na lei para as vítimas da demolição. Estas famílias, legítimas proprietárias dos seus lotes, encontram-se hoje relegadas a condições precárias, longe de qualquer conforto básico. O apelo do senador à intervenção urgente do Senado para fornecer apoio adequado a estas populações desfavorecidas ressoa como uma emergência humanitária.
É crucial sublinhar que estes acontecimentos dramáticos ocorrem num contexto em que o diálogo entre as autoridades e os residentes envolvidos parece ter sido interrompido. As tensões em torno da expropriação de terras para projectos de modernização levantam questões cruciais sobre os direitos dos cidadãos a uma compensação justa e a condições de realojamento dignas.
Perante estas grandes questões sociais, a Câmara dos Sábios está a mobilizar-se para garantir que a legalidade seja respeitada e que soluções concretas sejam rapidamente postas em prática para garantir a proteção dos direitos fundamentais das populações afetadas. O Senado, como representante dos interesses do povo, deve tomar medidas ousadas e humanitárias para responder às necessidades prementes das vítimas destas demolições abusivas.
Cabe agora às autoridades competentes demonstrar responsabilidade e compaixão para com estes cidadãos que estão agora privados das suas casas e do seu ambiente de vida. Chegou a hora de agir e de solidariedade com os mais vulneráveis, a fim de restaurar a dignidade e a esperança nestas comunidades devastadas por injustiças flagrantes.