A tragédia atingiu mais uma vez as águas pacíficas do rio Kwango, onde a sombra ameaçadora da milícia Mobondo paira como um pesadelo recorrente. O terror e a insegurança persistem apesar dos acordos de paz assinados, revelando a realidade cruel de uma região assolada pela violência.
Symphorien Kwengo, vice-presidente do quadro provincial de consulta à sociedade civil do Kwango, expressa com justificada indignação a amarga observação da ineficácia das recentes iniciativas de pacificação. Os ataques selvagens dos milicianos Mobondo continuam a semear o caos ao longo do rio Kwango e no eixo Lonzo-Kingala, deixando as populações com medo e angústia.
As consequências desta violência são pesadas e devastadoras. Os habitantes, feitos reféns nas suas próprias terras, são obrigados a viver em terror permanente. As atividades agrícolas são suspensas, deixando os campos em pousio e ameaçando o abastecimento de alimentos. Os comerciantes, por sua vez, estão paralisados pelo medo, as estradas tornaram-se corredores da morte.
A crise em curso no Cuango põe em evidência o fracasso das autoridades em garantir a segurança da sua população. É imperativo que o Governo tome medidas radicais para pôr fim a estes repetidos abusos. Uma resolução pacífica e duradoura para este conflito só pode ser alcançada através do envolvimento dos verdadeiros intervenientes no conflito e da abordagem às raízes profundas desta violência endémica.
Perante esta situação alarmante, é urgente que sejam tomadas medidas concretas. A população do Kwango merece viver em paz e segurança, longe do terror instaurado pelos milicianos Mobondo. A comunidade internacional não pode ficar indiferente a esta tragédia que se desenrola nas margens do rio Kwango. É tempo de agir, de condenar estes actos bárbaros e de prestar apoio inabalável às populações em perigo.
Em suma, a violência perpetrada pelos milicianos Mobondo no Kwango é uma lembrança gritante da instabilidade crónica que reina nesta região. É imperativo que sejam tomadas medidas imediatas e eficazes para pôr fim a esta espiral de violência e angústia. Chegou a hora de levantar a voz da razão e restaurar a tão esperada paz no Cuango.