No centro das questões políticas na República Democrática do Congo (RDC), a questão da revisão da Constituição suscita debates apaixonados e reacções vivas. O Comité de Coordenação de Leigos (CLC), uma estrutura católica influente, expressou recentemente a sua oposição categórica a esta ideia, alertando para os riscos de tal abordagem no contexto actual do país.
Num comunicado de imprensa assinado pelos seus principais executivos, a CVX sublinha a necessidade de não abrir uma nova frente de tensões abordando a questão da Constituição, enquanto outros desafios prementes, como as questões militares, humanitárias e sociais, requerem atenção sustentada. Uma tal iniciativa poderia enfraquecer ainda mais a sociedade e as instituições do Estado, enquanto as feridas dos recentes períodos eleitorais ainda não sararam.
Para além do aspecto prático, a CDC aponta as potenciais motivações por detrás deste desejo de revisão constitucional, destacando o receio de perpetuação do poder existente. Os membros desta organização apelam a um diálogo inclusivo e transparente entre as diferentes forças políticas e sociais do país, dando um lugar primordial à pedagogia e tendo em conta as realidades do momento.
Longe de condenar a sociedade à inacção, a CVX convida a uma reflexão profunda sobre o futuro do país, apelando à implementação de reformas democráticas e estruturantes, evitando as armadilhas de agendas ocultas e manobras políticas oportunistas. Insistem no facto de que qualquer modificação da Constituição deve ser o resultado de uma decisão soberana do povo congolês, no respeito dos princípios democráticos e do interesse geral.
Em conclusão, o posicionamento da CVX destaca a importância crucial da estabilidade política e social na RDC, recordando que qualquer mudança constitucional deve ser cuidadosamente considerada e legitimada democraticamente. As vozes da sociedade civil, como a da CVX, desempenham um papel essencial na preservação dos valores democráticos e dos direitos fundamentais de todos os cidadãos congoleses.