O Líbano, um país com uma história marcada por conflitos recorrentes, atravessa uma crise humanitária devastadora enquanto Israel continua a sua campanha militar no país. Os civis, especialmente as crianças, estão a pagar um preço terrível em termos de vidas perdidas e traumas profundos.
A UNICEF revelou que desde 4 de Outubro, pelo menos uma criança foi morta e dez ficaram feridas todos os dias no Líbano. Este número assustador destaca a extensão do sofrimento suportado pela população mais vulnerável. As consequências físicas e psicológicas são múltiplas: ansiedade de separação, abstinência, agressividade, problemas de concentração, distúrbios do sono, pesadelos, dores de cabeça e perda de apetite. Na ausência de estabilidade, as crianças são privadas de espaços para brincar, aprender e curar.
Catherine Russell, Diretora Executiva da UNICEF, dá o alarme e apela a um cessar-fogo imediato para proteger as crianças. A guerra, diz ela, perturba a vida das crianças, privando-as dos ambientes seguros e acolhedores de que necessitam para prosperar. Os danos físicos e emocionais causados por períodos prolongados de stress traumático expõem as crianças a grandes riscos para a sua saúde e bem-estar futuro.
O Ministério da Saúde Pública libanês lamentou a morte de 166 crianças e os ferimentos de outras 1.168 pessoas desde Outubro passado. Estes números alarmantes são apenas um reflexo do sofrimento generalizado que assola todo o país. Perante tal tragédia, a urgência de uma acção humanitária concertada e imediata é inegável.
É crucial sensibilizar e mobilizar a comunidade internacional para pôr fim a esta violência sem sentido e proteger os direitos fundamentais das crianças no Líbano. Cada vida perdida e cada cicatriz deixada nos corpos e almas das crianças são lembretes comoventes da urgência de uma paz duradoura e de um futuro mais seguro para as gerações futuras. O sofrimento das crianças libanesas não pode mais ser ignorado e exige solidariedade e ação para garantir um futuro de paz e dignidade para todos.