Num caso recente que provocou indignação online, o deputado nigeriano Alex Ikwechegh foi filmado agredindo um motorista da Bolt enquanto entregava uma encomenda na sua casa em Maitama, Abuja. O vídeo viral mostra o deputado, eleito pelo círculo eleitoral federal de Aba Norte e Sul (APGA), a esbofetear repetidamente o motorista Stephen Abuwatseya, que lhe pediu que saísse para recolher a sua encomenda.
O incidente evidencia um flagrante abuso de poder, onde Ikwechegh, visivelmente ofendido pelo que considerou uma falta de respeito, justificou as suas ações com o seu estatuto social. As imagens mostram-no a fazer ameaças ao condutor, chegando mesmo a sugerir que poderia fazer com que este “desaparecesse” sem consequências.
A situação agravou-se rapidamente quando Abuwatseya exigiu o pagamento da sua passagem, o que levou a uma série de bofetadas de Ikwechegh. “Você sabe quem eu sou? Dei um tapa em você e não há nada que você possa fazer”, disse arrogantemente diante das câmeras, desafiando o motorista a tornar o incidente público e até a ligar para o Inspetor-Geral da Polícia.
No pano de fundo deste incidente, encontramos a recente decisão do Tribunal Nacional Eleitoral que anulou a vitória da candidata do Partido Trabalhista, Emeka Nnamani, a favor de Alex Ikwechegh para o círculo eleitoral. Esta decisão seguiu-se a acusações de falsificação de certificados contra Nnamani.
É importante notar que este caso ecoa uma controvérsia anterior em 2015, onde Nnamani enfrentou questões relativas à sua filiação partidária e qualificações académicas. Apesar de suas negativas, ele citou problemas de gerenciamento de registros na Universidade de Port Harcourt como um fator que impactou seus documentos.
Este episódio evidencia o abuso de poder e o comportamento inaceitável de certos representantes políticos que acreditam estar acima da lei. Sublinha também a importância da transparência e da responsabilização dos funcionários eleitos perante os cidadãos que deveriam servir. Estas acções deploráveis devem ser condenadas e os responsáveis responsabilizados pelos seus actos, independentemente do seu estatuto social ou político.