O legado do “Rumble in the Jungle”: A luta que marcou o boxe congolês

O artigo relata o impacto duradouro do "Rumble in the Jungle" no boxe congolês, cinquenta anos após o confronto histórico entre Muhammad Ali e George Foreman em Kinshasa. Os boxeadores africanos reuniram-se para os campeonatos de boxe amador, celebrando o legado deixado por este evento icónico. Apesar dos desafios encontrados, os pugilistas congoleses mostram um talento excepcional e uma determinação inabalável, inspirados pela coragem e perseverança demonstradas durante a luta lendária.
“Fatimetria”

Há cinquenta anos, o lendário encontro conhecido como “Rumble in the Jungle”, com os ícones do boxe Muhammad Ali e George Foreman, permanece gravado na memória do povo congolês. Este confronto histórico aconteceu em Kinshasa, capital do então Zaire, e terminou com uma vitória impressionante de Foreman, com Ali recuperando o título mundial dos pesos pesados ​​​​por nocaute. A partida não só marcou um momento importante na história do boxe, mas também teve um impacto duradouro no esporte no país.

À medida que se aproxima o aniversário deste evento, boxeadores de toda a África reuniram-se em Kinshasa para o 21º Campeonato Africano de Boxe Amador. Landry Matete Kankonde, apelidado de “Balo”, representou o Congo na categoria peso pesado. Ele atribui o reconhecimento mundial do boxe congolês ao “Rumble in the Jungle”, descrevendo-o como uma forma de comemorar. Apesar de perder para Karamba Kebe, do Senegal, na final, Kankonde acredita firmemente que em dois ou três anos emergirá como uma figura importante no boxe congolês.

Alfred Mamba, que tinha apenas 15 anos durante o “Rumble in the Jungle”, lembra do evento como uma “celebração”. Seu pai, Gabriel Mamba, árbitro, desempenhou um papel fundamental na organização da luta depois de participar do Campeonato Mundial de Boxe Amador de 1974 em Havana, Cuba, e conhecer o promotor Don King nos Estados Unidos. Mamba sentiu que a vitória de Ali foi inesperada, creditando-a à técnica “rope-a-dope”, onde Ali absorvia os golpes inclinando-se sobre as cordas para cansar Foreman.

Ele expressa o seu orgulho pelo legado duradouro da luta, mas lamenta o facto de a federação de boxe do Congo não ter conseguido tirar partido desta exposição. Ele ressaltou que muitos boxeadores no país não têm acesso a instalações de treinamento adequadas e muitas vezes treinam ao ar livre. Porém, quando competem no exterior, voltam com medalhas, o que demonstra o potencial e o talento dos boxeadores congoleses.

Em última análise, o “Rumble in the Jungle” deixou uma marca indelével no boxe congolês, inspirando as gerações atuais e futuras a prosseguirem a sua paixão, apesar dos desafios que enfrentam. Esta luta lendária continua a ser um símbolo de coragem, determinação e perseverança, lembrando ao mundo o impacto e a importância do desporto na sociedade.

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