Fatshimetria no centro do debate sobre a superlotação prisional na prisão central de Kakwangura, em Butembo. Na verdade, a Rede para os Direitos Humanos (REDHO) publicou recentemente um comunicado de imprensa alarmante, revelando que oitenta e dois reclusos perderam a vida no espaço de dez meses neste estabelecimento penitenciário. A principal causa desta elevada mortalidade é atribuída à superlotação desta prisão.
A REDHO destacou uma realidade que desperta a consciência: a capacidade da prisão é de apenas 250 lugares, enquanto atualmente acolhe 1.349 reclusos, incluindo duas mulheres. Esta situação alarmante levanta sérias questões sobre as condições de detenção e exige medidas urgentes para aliviar o congestionamento neste estabelecimento sobrelotado.
Além da superpopulação, outros fatores contribuem para esta trágica realidade. A lentidão no processamento dos processos judiciais dos reclusos é apontada pela REDHO, bem como a insuficiência de medicamentos e alimentos dentro da prisão. Uma combinação de grandes desafios que compromete seriamente a saúde e o bem-estar dos detidos e que exige uma mobilização colectiva para restaurar condições dignas de detenção.
Perante esta observação esmagadora, a REDHO apela ao Estado para que tome medidas concretas para aliviar o congestionamento na prisão central de Kakwangura. Acelerar o processamento dos processos judiciais dos detidos é uma necessidade urgente, assim como garantir o acesso adequado aos cuidados de saúde e à alimentação suficiente.
Além disso, a ONG apela à solidariedade da sociedade civil, das organizações humanitárias e das pessoas de boa vontade para ajudar os reclusos desta prisão em perigo. Porque além das grades estão vidas humanas em jogo e cada um de nós tem o dever moral de participar na melhoria das condições de vida das pessoas privadas de liberdade.
Em suma, a situação crítica da prisão central de Kakwangura, em Butembo, realça as falhas de um sistema prisional falido e apela aos intervenientes nacionais e internacionais para que atuem urgentemente para garantir o respeito pelos direitos fundamentais dos prisioneiros. É hora de acabar com a injustiça e o sofrimento atrás das grades e de reafirmar o nosso compromisso com uma justiça justa e humana para todos.