Desde domingo, 20 de outubro de 2024, o leste da República Democrática do Congo (RDC) voltou a ser palco de violentos combates entre rebeldes do M23 e milícias pró-governo, marcando o reinício das hostilidades após um breve cessar-fogo. Esta escalada de confrontos ocorre especialmente na província de Kivu do Norte, onde a coligação M23-AFC-RDF conseguiu ganhar terreno dirigindo-se para o território de Walikale.
Num contexto de tensão, o Vice-Ministro da Defesa Nacional e dos Veteranos, Samy Adubango Ahoto, sublinhou durante a recente reunião do Conselho de Ministros que as Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC) estão activamente empenhadas no terreno para combater o avanço dos grupos rebeldes. Apesar dos esforços envidados pelas FARDC, a situação continua preocupante com o aumento dos confrontos e movimentos de tropas inimigas.
Durante este encontro, Judith Suminwa, membro do governo, destacou também as operações militares em curso para combater os vários grupos armados e terroristas que ameaçam a segurança das populações, particularmente nas províncias de Nord-Ubangi e Bas-Uele. As autoridades enfrentam um grande desafio para garantir a protecção dos civis e manter a estabilidade nestas regiões tensas.
Os recentes combates entre milícias locais, as FARDC e os rebeldes M23 apoiados pelo Ruanda levaram a deslocações populacionais e à recaptura de certas áreas por grupos rebeldes. A situação é ainda mais complexa porque o M23 se recusa a cumprir o processo de mediação liderado por Angola e continua as suas operações apesar dos apelos à contenção.
Perante esta escalada de violência, é urgente encontrar soluções duradouras para pôr fim às hostilidades e restaurar a paz no leste da RDC. A comunidade internacional deve redobrar os seus esforços para apoiar as autoridades congolesas na gestão desta crise de segurança e pôr fim ao sofrimento das populações civis encurraladas nos confrontos.
Em conclusão, a situação actual na RDC destaca a fragilidade da estabilidade regional e a necessidade de uma acção concertada para prevenir novos ciclos de violência. A comunidade internacional e os intervenientes regionais devem trabalhar em conjunto para encontrar soluções políticas e de segurança viáveis, a fim de trazer a paz a esta região marcada por décadas de conflito.