No glamoroso mundo do cinema, os anúncios de novos filmes e projetos muitas vezes despertam grande interesse. Recentemente, a renomada atriz Fathia Williams causou alvoroço ao revelar nas redes sociais o lançamento iminente de seu último filme, “Efunroye: The Unicorn”. A publicação do pôster oficial do filme, com os dizeres “Poder, Comércio, Legado”, cativou a atenção dos internautas.
A história do filme centra-se na figura histórica de Efunroye Osuntinubu, uma aristocrata iorubá nascida em 1805. Na era pré-colonial e colonial da Nigéria, ela era comerciante e traficante de escravos. Com grande influência, Efunroye teria estabelecido uma próspera rede comercial com comerciantes europeus, negociando nomeadamente com escravos, tabaco, sal, algodão, óleo de palma, óleo de coco e armas de fogo. Ela também possuía mais de 360 escravos pessoais.
A divulgação deste cartaz suscitou fortes reações, nomeadamente devido ao passado controverso desta figura histórica. No entanto, Fathia Williams quis esclarecer as intenções de seu filme. Através de uma publicação sincera nas redes sociais, ela sublinhou que “Efunroye: The Unicorn” não se destinava a glorificar ou distorcer a imagem de Efunroye Tinubu, mas sim a apresentar a sua vida de uma forma equilibrada e matizada.
Como diretora, seu objetivo é dar vida às narrativas nigerianas na tela grande, explorando os triunfos, desafios e legados complexos deixados por figuras históricas como Madame Tinubu. Ela insiste que o filme se inspira em acontecimentos reais e que pretende provocar a reflexão sobre a nossa história comum, em toda a sua diversidade e complexidade.
Em última análise, “Efunroye: The Unicorn” representa uma tentativa artística de iluminar uma personalidade complexa na história da Nigéria, sem procurar idealizar ou demonizar o seu passado. Este filme oferece uma oportunidade única de mergulhar no passado tumultuado desta figura emblemática e de questionar as nuances e contradições que caracterizam o nosso património histórico comum.