Durante a 16ª cimeira dos BRICS, realizada recentemente na cidade russa de Kazan, Vladimir Putin realizou uma conferência de imprensa com jornalistas locais e estrangeiros. As tensões políticas internacionais eram palpáveis e as perguntas dos correspondentes incluíam alegações de laços entre Putin e Trump.
A situação foi agravada pela recente publicação do livro “Wars”, de autoria do veterano jornalista Bob Woodward. Este último afirma, com base nas declarações de um ex-conselheiro de Trump, que os dois líderes tiveram pelo menos 7 conversas desde o fim do mandato do ex-presidente norte-americano.
Questionado sobre isso, o presidente russo, de 72 anos, disse que não houve nenhum contato até então ou desde então. Uma negação categórica que contradiz as especulações.
Putin não só negou qualquer interferência nas próximas eleições, mas também recordou as conclusões das investigações realizadas nos Estados Unidos, nomeadamente no Congresso, que refutaram estas alegações de conluio.
A poucas semanas das eleições presidenciais nos Estados Unidos, esta declaração de Putin assume particular importância. O presidente russo sugeriu que a normalização das relações entre os dois países dependerá em grande parte do próximo governo americano.
O contexto geopolítico entre os Estados Unidos e a Rússia tem registado tensões crescentes nos últimos anos, nomeadamente com a escalada do conflito na Ucrânia em 2022. Sob a administração Biden, foram implementadas medidas destinadas a enfraquecer a economia russa, contribuindo para o enfraquecimento da economia russa. uma deterioração das relações diplomáticas entre os dois países.
Assim, esta conferência de imprensa de Putin após a cimeira dos BRICS destacou as questões políticas e diplomáticas que pesam nas relações entre a Rússia e os Estados Unidos. Enquanto o mundo observa atentamente a evolução destas relações, o futuro das relações internacionais parece mais incerto do que nunca.