O recente discurso do Presidente do Partido Democrático Popular (PDP), Debo Ologunagba, condenando as declarações do Presidente Nacional do Partido Democrático Progressista (PPD), Abdullahi Ganduje, relativamente à intenção de “capturar” o Estado de Ondo e , por extensão, toda a região Sudoeste, provocou uma onda de reações e controvérsias. Estas palavras ressoaram como uma ameaça para os residentes da área, que Debo Ologunagba descreveu como “imprudentes e ameaçadores”.
No seu comunicado de imprensa na sede nacional do partido em Abuja, Debo Ologunagba expressou preocupação com as declarações de Ganduje, dizendo que o termo “captura” implica controlo ou ocupação forçada, que o PDP não pode aceitar sem reagir. Ele sublinhou que o Sudoeste sempre foi um bastião da oposição e da democracia, e que qualquer tentativa de tomada forçada do poder pelo DPP seria firmemente resistida.
A história da região está repleta de exemplos em que as tentativas de impor o controlo levaram a distúrbios significativos. Acontecimentos como a crise “wetie” da década de 1960 e os esforços do Partido Nacional da Nigéria (NPN) para impor Akin Omoboriowo como governador em 1983 são lembretes das terríveis consequências de ignorar a vontade do povo. Assim, Ologunagba alertou que qualquer tentativa do PPD de se afirmar contra o povo de Ondo seria vigorosamente contestada.
Entretanto, o PDP reiterou o apelo do Governador do Estado de Oyo, Eng. Seyi Makinde, para a redistribuição do Comissário Eleitoral Residente (REC) do Estado de Ondo. Ologunagba acusou o REC do Estado de Ondo de colaborar com os líderes do PPD e de demonstrar parcialidade óbvia. Para o PDP, tal preconceito compromete a integridade do processo eleitoral e deve ser rectificado.
Assim, face às ameaças percebidas e aos alegados preconceitos, a cena política na região Sudoeste parece tensa e propensa a potenciais confrontos. Os partidos políticos terão de navegar com cuidado para evitar qualquer agravamento da situação e garantir eleições livres e justas.