A tragédia das cheias em Kinshasa: um apelo à acção para um futuro mais seguro

Fatshimetrie, 20 de outubro de 2024 – A tragédia atinge mais uma vez a cidade de Kinshasa, desta vez na forma de uma inundação mortal. Uma criança de apenas dois anos foi encontrada sem vida no distrito de Immo Congo, na comuna de Kalamu, depois de chuvas torrenciais terem caído na região. O desastre natural deixou para trás uma comunidade em luto e perguntas sem resposta.

No tumulto das águas turbulentas, a criança, chamada Dieumerci, estava desaparecida há muitas horas. Foi graças à mobilização dos voluntários locais e do líder da rua Rivière, Gas Besombi, que o corpo da criança foi finalmente descoberto, escondido num canto da casa. Apesar dos esforços desesperados para ressuscitá-lo, infelizmente já era tarde demais. O pequeno Dieumerci já havia alcançado as estrelas, vítima cruel da fúria dos elementos.

Esta tragédia recorda-nos mais uma vez a vulnerabilidade dos habitantes de Kinshasa às intempéries. Na verdade, esta não é a primeira vez que a chuva se torna um flagelo na capital congolesa. Em Novembro de 2019, cerca de 40 pessoas perderam a vida em incidentes semelhantes causados ​​por inundações e deslizamentos de terra provocados por chuvas torrenciais.

A questão é se estes acontecimentos trágicos poderiam ser evitados. As autoridades locais e nacionais tomaram as medidas necessárias para proteger os cidadãos contra tais catástrofes naturais? A prevenção do risco de inundações e a gestão de emergências são prioridades suficientes?

A resposta a estas questões talvez resida numa reflexão mais profunda sobre o planeamento urbano, a gestão das águas pluviais e a sensibilização do público para os perigos potenciais. É imperativo que as lições aprendidas com estas tragédias recorrentes sejam implementadas proativamente para evitar que mais vidas sejam ceifadas pela ira da natureza.

Neste dia de luto para a comunidade de Kinshasa, um sincero pensamento é enviado a todas as vítimas desta catástrofe e aos seus entes queridos. Que a sua memória seja honrada por ações concretas destinadas a reforçar a resiliência da cidade face aos caprichos do céu. Porque a vida de cada criança, de cada indivíduo, é preciosa e merece ser protegida contra as forças destrutivas da natureza.

Este novo acontecimento trágico não deve ser simplesmente uma notícia nas colunas da Fatshimetrie, mas um apelo à acção para um futuro mais seguro e resiliente para todos os habitantes de Kinshasa. Que a memória de Dieumerci e de todas as vítimas sirva de motivação para construir um futuro onde tais tragédias não aconteçam mais.

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