Fatshimetrie, 19 de outubro de 2024 – O presidente do Chade, Mahamat Idriss Déby, tomou uma decisão que marca um grande ponto de viragem nas notícias políticas do Chade ao manter as eleições legislativas em 29 de dezembro, apesar dos desafios colocados pelas recentes inundações que afetaram o país. Este anúncio, feito durante uma reunião com os líderes dos partidos políticos, mostra a determinação do Presidente em manter o calendário eleitoral, afirmando que não haverá adiamento.
Esta decisão provocou diversas reações dentro da classe política chadiana. Enquanto o partido Les Transformateurs do opositor Succès Masra condicionou a sua participação nas eleições a um adiamento, outros grupos políticos da oposição decidiram boicotar as urnas, descrevendo-as como “mascaradas”. Esta divergência de opiniões evidencia as tensões políticas existentes no país.
O Presidente Mahamat Idriss Déby também reafirmou que as inundações em curso não teriam impacto na condução das eleições. Esta posição firme do Presidente decepcionou aqueles que esperavam um adiamento das eleições devido às consequências das inundações, que já causaram inúmeras perdas de vidas e afectaram milhões de pessoas no Chade.
A apresentação de candidaturas às eleições legislativas e autárquicas começou este sábado e prolonga-se até 28 de outubro. Este período crucial marca o início de uma nova etapa do processo eleitoral, onde os diferentes partidos políticos terão a oportunidade de apresentar os seus programas e mobilizar o seu apoio.
Em última análise, a decisão do Presidente do Chade de realizar as eleições legislativas até 29 de Dezembro levanta questões sobre a legitimidade e a transparência do processo eleitoral num contexto marcado por tensões políticas e desafios socioeconómicos. É essencial que todos os intervenientes políticos e a sociedade civil se envolvam num diálogo construtivo para garantir eleições livres e justas, no melhor interesse da democracia e do povo chadiano.