Numa entrevista recente ao Daily Trust, o antigo Chefe de Estado nigeriano, General Yakubu Gowon, disse que não teria havido necessidade da Guerra Civil Nigeriana se a secessão não tivesse sido considerada. Esta forte declaração destaca as tensões e divisões que levaram a um dos capítulos mais sombrios da história da Nigéria.
A Guerra Civil Nigeriana, que ocorreu entre 1967 e 1970, deixou cicatrizes profundas na sociedade nigeriana. Durante o seu mandato como chefe de Estado, Gowon enfrentou o enorme desafio de manter a unidade nacional face às crescentes pressões pela secessão.
Segundo Gowon, a secessão era inevitável devido ao desejo de alguns grupos, especialmente no sudeste do país, de se separarem. Ele sublinhou que se a questão da secessão não tivesse sido levantada, a guerra civil poderia ter sido evitada. “Sempre afirmei que sem a secessão não teria havido uma eclosão de guerra civil, porque ficou claro que uma parte do país, o sudeste, queria se separar”, disse Gowon.
O apelo à unidade nacional lançado pelo antigo chefe de Estado ainda ressoa hoje. Salientou que a dissolução de Biafra foi possível devido à aceitação da reintegração e da unidade por parte dos nigerianos. Num país tão diverso como a Nigéria, a coesão e a unidade nacionais são essenciais para superar desafios históricos e progredir como nação.
À medida que a Nigéria continua a enfrentar tensões étnicas e regionais, as palavras de Gowon ressoam como um lembrete da necessidade de promover a unidade e integração nacional. A história da Guerra Civil Nigeriana deve servir de lição para o futuro, para que as gerações actuais e futuras possam trabalhar em conjunto para um futuro comum e próspero.
Em conclusão, as reflexões do antigo chefe de Estado destacam a importância de superar divisões e diferenças para promover a paz e a unidade nacional. O apelo de Gowon à unidade ressoa como um apelo à acção para todos os nigerianos construírem um futuro onde o passado doloroso da guerra civil seja substituído por uma visão de paz, prosperidade e harmonia.