Fatshimetrie: Análise aprofundada dos ataques em Gaza
A escalada da violência na região de Gaza concentrou mais uma vez a atenção global no conflito israelo-palestiniano. Nas últimas 24 horas, dezenas de palestinos foram mortos em ataques no norte de Gaza, como parte de operações do exército israelense para impedir o reagrupamento do Hamas.
De acordo com um comunicado das Forças de Defesa de Israel (IDF) no sábado, as operações na região de Jabalya, no norte de Gaza, resultaram na eliminação de vários terroristas em encontros próximos. Esta área, já fortemente afectada este mês por ataques, viu evacuações em massa ordenadas pelo exército israelita.
Entretanto, o Ministério da Saúde de Gaza informou no sábado que as forças israelitas estavam a intensificar os ataques ao sistema de saúde no norte da Faixa de Gaza, visando diretamente os hospitais indonésios, Kamal Adwan e Al-Awda. Munir Al-Barash, diretor do Ministério da Saúde de Gaza, lamentou a morte de dois pacientes nos cuidados intensivos do hospital indonésio devido a cortes de energia.
O Gabinete de Comunicação Social do Governo do Hamas em Gaza informou na sexta-feira que 33 pessoas, incluindo 21 mulheres, foram mortas num ataque no norte da Faixa de Gaza. A Defesa Civil de Gaza também relatou vítimas em vários outros ataques.
A comunicação com o norte da Faixa de Gaza é extremamente difícil, mas um palestiniano entrevistado pela CNN, Ismail Zaida, descreveu ataques violentos na zona de Saftawi, em Jabalya, com a chegada constante de ambulâncias e fortes explosões.
Os civis estão fugindo da área seguindo ordens de evacuação emitidas pelas FDI, como pode ser visto em imagens transmitidas pela CNN de residentes saindo de Jabalya em direção à cidade de Gaza.
É importante notar que esta escalada de violência segue-se a uma operação em grande escala lançada pelo exército israelita, em resposta aos relatórios de inteligência sobre as tentativas do Hamas de reconstruir as suas capacidades operacionais na região.
A tragédia em curso em Gaza realça a complexidade e a profundidade do conflito israelo-palestiniano, lembrando-nos mais uma vez a urgência de uma solução a longo prazo para acabar com o sofrimento dos civis encurralados na violência.