A urgência da reforma eleitoral na Nigéria

A importância de reformar as instituições eleitorais na Nigéria

A questão da reforma das instituições eleitorais na Nigéria está no centro das preocupações dos actores políticos e dos cidadãos conscientes da importância de um processo eleitoral transparente e justo. Num país onde as eleições locais são frequentemente marcadas por fraude, manipulação e parcialidade, é imperativo repensar o funcionamento dos órgãos de supervisão eleitoral para garantir a integridade do processo democrático.

Numa reunião recente em Owerri, actores da sociedade civil e representantes comunitários expressaram preocupação com o controlo dos governadores sobre os fundos do governo local e sobre o processo eleitoral. Salientaram a necessidade de criar um órgão eleitoral independente para supervisionar as eleições locais e garantir condições de concorrência equitativas para todos os intervenientes políticos.

O governante tradicional de Umuekwure, Eze George Nwosu, destacou a fraqueza das actuais instituições eleitorais e apelou a uma reforma abrangente para fortalecer a sua credibilidade e independência. Sublinhou que é essencial dotar as instituições dos meios para agir e sancionar os infratores, a fim de restaurar a confiança dos cidadãos no processo democrático.

Por seu lado, o líder religioso do Estado de Imo, Xeque Suleiman Yusuf Njoku, lamentou os abusos e injustiças observados durante as eleições, apelando ao regresso aos valores fundamentais e à reflexão sobre o lugar dos bens materiais na empresa. Ele ressaltou que a busca desenfreada pelo poder e pelo dinheiro é prejudicial à democracia e apela à introspecção coletiva para se reconectar com os princípios morais e éticos.

O Presidente do Conselho Consultivo Interpartidário do Estado da OMI, Ichie Levi Ekeh, sublinhou a necessidade de tomar medidas drásticas para combater a fraude eleitoral e garantir a transparência no processo eleitoral. Propôs a criação de um órgão independente para supervisionar as eleições locais, pondo assim fim às práticas partidárias e ao domínio de um único partido nestas eleições.

Finalmente, um membro da sociedade civil, Chimezie Ebosie, defendeu uma coligação de actores empenhados em defender a causa da reforma das instituições eleitorais. Ele sublinhou a importância da unidade e da solidariedade na promoção desta causa essencial para a democracia na Nigéria.

Em conclusão, a reforma das instituições eleitorais na Nigéria é um passo essencial para garantir a integridade e a legitimidade do processo democrático. Os intervenientes da sociedade civil, os representantes políticos e os cidadãos devem unir forças para exigir mudanças significativas e estabelecer mecanismos de monitorização eleitoral transparentes, justos e independentes.. Só este compromisso coletivo permitirá promover uma cultura democrática baseada na justiça, na transparência e no respeito pelos valores fundamentais da democracia.

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