Crise humanitária na RDC: O apelo urgente à ação para refugiados e pessoas deslocadas internamente

Fatshimetria

No contexto da crise dos refugiados na República Democrática do Congo, o Vice-Primeiro Ministro e Ministro do Interior, Segurança e Assuntos Costumeiros, Jacquemain Shabani, reafirmou recentemente o compromisso do governo congolês em facilitar o regresso voluntário dos seus nacionais em condições de segurança e dignidade. Durante o seu discurso na 75ª sessão do comité executivo do programa do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, em Genebra, na Suíça, o ministro sublinhou a importância de ter em conta a situação crítica dos refugiados congoleses.

Os números apresentados por Jacquemain Shabani são alarmantes: mais de um milhão de refugiados congoleses encontraram refúgio principalmente nos países vizinhos, enquanto mais de 500 mil ainda estão na República Democrática do Congo. Além disso, quase um milhão e meio de pessoas foram deslocadas recentemente desde o início de 2024, elevando o número total de pessoas deslocadas internamente para cerca de 7,3 milhões, principalmente na parte oriental do país. Estes números representam uma grande crise humanitária que afecta milhões de vidas.

A ministra destacou as consequências dramáticas dos conflitos armados que assolam a região, levando a deslocações massivas da população, violações dos direitos humanos, como a violação de mulheres e raparigas, insegurança alimentar, falta de escolarização de crianças, bem como trágica perda de vidas. Esta situação exige uma acção urgente e colectiva para pôr fim a esta crise humanitária que persiste há demasiado tempo.

É imperativo que a comunidade internacional perceba a urgência da situação e se comprometa a fornecer um apoio significativo para ajudar os milhões de pessoas afectadas por esta crise. As autoridades congolesas, por seu lado, devem redobrar os seus esforços para garantir a segurança e a dignidade dos refugiados e das pessoas deslocadas internamente, e trabalhar para pôr fim aos conflitos armados que alimentam esta crise humanitária.

É hora de agir, sensibilizar e mobilizar os recursos necessários para pôr fim ao sofrimento destes milhões de pessoas desenraizadas. A solidariedade e a compaixão devem guiar as nossas ações para oferecer um futuro melhor a quem tanto sofreu.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *