Kasumbalesa: A noite trágica que revela uma insegurança persistente

A insegurança continua a ser um flagelo persistente em Kasumbalesa, uma cidade fronteiriça tão próxima de Lubumbashi quanto a ansiedade que suscita entre os seus residentes. Estes últimos vivem com medo constante de uma visita noturna inesperada, não de convidados bem-vindos, mas de visitantes armados da pior espécie. Foi o que viveu o bairro da Subestação 4 nesta trágica noite de segunda-feira, 14 de outubro de 2024, quando bandidos disfarçados de soldados semearam o terror.

As histórias dos residentes estão cheias de medo e desespero, descrevendo ataques brutais às suas casas, bens preciosos roubados, balas disparadas como ameaças. Mais de uma dezena de casas foram saqueadas e a polícia interveio tarde, deixando as vítimas sozinhas para enfrentar o horror. Uma moradora perturbada descreve o assalto à sua casa, deixando para trás um rastro de desolação e medo.

Este episódio reacendeu a profunda preocupação da população, que se sente abandonada pelas autoridades impotentes face ao aumento da criminalidade. Os residentes exigem reforços para a polícia local, recursos adicionais para garantir a sua protecção e uma resposta firme das autoridades provinciais. Porém, a resposta demora, deixando uma sensação de abandono e incerteza.

Kasumbalesa, outrora um movimentado centro comercial, hoje parece ter caído no esquecimento, vítima de repetidos ataques de criminosos. O Governo Kyabula é apontado pela sua inacção, pela sua passividade face a uma situação que se deteriora dia após dia. O pedido de ajuda dos moradores continua a ser ignorado, mergulhando a cidade numa espiral de violência e medo, longe das prioridades das autoridades locais.

Neste clima de crescente insegurança, é urgente agir, tomar medidas concretas para proteger a população de Kasumbalesa. O momento não é mais para discursos vazios, mas para ações decisivas. A paz e a dignidade dos residentes e a sua confiança nas autoridades que deveriam protegê-los estão em jogo. Chegou a hora de mudar o curso dos acontecimentos, de devolver a esperança a uma comunidade marcada pelo medo. Porque a segurança não é um luxo, mas sim um direito fundamental, que cabe a todos preservar.

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