A necessidade de reformas para garantir o crescimento económico sustentável na Nigéria foi destacada pelo Grupo Banco Mundial na 30ª Cimeira Económica da Nigéria, em Abuja. Indermit Gill, Vice-Presidente Sénior do Grupo Banco Mundial, sublinhou a importância de sustentar estas reformas a longo prazo para posicionar a Nigéria como uma potência económica global líder.
O tema deste evento, “Acção Colaborativa para o Crescimento, Competitividade e Estabilidade”, destaca os actuais desafios económicos que a Nigéria enfrenta. Entre estes desafios está uma elevada taxa de inflação de 32,15%, causada principalmente pela remoção dos subsídios aos combustíveis, que levou a um aumento nos custos de transporte e produção.
A unificação do mercado cambial também provocou flutuações significativas na moeda, aumentando o custo dos bens e serviços e contribuindo para o elevado custo de vida. Apesar destes desafios, Gill sublinhou que as actuais reformas do governo são fundamentais para reverter as perdas de N10 biliões causadas pelos subsídios aos combustíveis e pelas taxas de câmbio múltiplas, que apenas beneficiaram a elite.
Segundo ele, para que a Nigéria se torne um motor de crescimento na África Subsaariana e contribua para a transformação de toda a região, é imperativo manter o rumo destas reformas durante os próximos 10 a 15 anos. Apesar da reacção negativa do público, Gill sublinhou que os benefícios a longo prazo destas reformas seriam consideráveis, mesmo que a sua implementação se revele difícil.
Em última análise, é claro que a Nigéria deve perseverar no seu caminho de reformas económicas para prosperar e tornar-se uma força global indiscutível. O caminho estará repleto de armadilhas, mas os frutos destas reformas duradouras serão múltiplos e beneficiarão toda a população e não apenas uma elite restrita. Ao manter o rumo destas mudanças económicas, a Nigéria pode verdadeiramente posicionar-se como um líder global no crescimento económico e no desenvolvimento sustentável.