Inclusão e solidariedade: O apelo urgente para as pessoas que vivem com deficiência na RDC

Fatshimetrie, 13 de Outubro de 2024 – No coração de Kinshasa reside um apelo urgente às autoridades congolesas e a todos aqueles que aspiram a uma mudança positiva na sociedade: a de melhorar as condições de vida das pessoas que vivem com deficiência na República República Democrática do Congo.

Este grito do coração vem de Decxy Masena Moba, presidente do Movimento para o Despertar das Pessoas que Vivem com Deficiência (MRPVH), que sublinha a necessidade urgente de ter em conta a vulnerabilidade desta população muitas vezes negligenciada. Chegou a hora, afirma ele, de os decisores e as pessoas de boa vontade unirem forças para permitir que as pessoas que vivem com deficiência prosperem na comunidade e contribuam plenamente para o desenvolvimento do país.

O MRPVH, consciente desta missão crucial, compromete-se a defender incansavelmente a favor do PVH junto das autoridades competentes. O seu principal objectivo é garantir a sua capacitação e supervisão, a fim de ajudá-los a tornarem-se actores de pleno direito na construção de um Congo mais inclusivo e unido.

Em apenas dez meses de ação, o movimento já tomou medidas concretas, como a concessão de terrenos a determinados PVH para garantir a sua segurança. Mas estes esforços continuam a ser insuficientes dada a escala dos desafios que estas pessoas enfrentam diariamente. É por isso que é imperativo que o governo siga o exemplo e intensifique as suas acções em favor deste segmento da população congolesa, que é frequentemente marginalizado e estigmatizado.

O MRPVH pretende ser a voz destas vozes abafadas, destes sonhos restringidos pela deficiência. A sua missão essencial é lutar contra os maus-tratos, a rejeição e a precariedade em que estão mergulhadas muitas PVHS na RDC. Cada gesto, cada acção empreendida pelo movimento visa restaurar a dignidade e a esperança a estes homens e mulheres cuja força e resiliência muitas vezes não são reconhecidas.

Juntos, unidos num impulso comum de solidariedade e compromisso, podemos construir uma sociedade mais justa e inclusiva, onde cada indivíduo, qualquer que seja a sua deficiência, tenha o seu lugar e o seu papel a desempenhar. É valorizando a diversidade e dando a todos os meios para florescer plenamente que construiremos um futuro melhor para todos os congoleses.

Nesta perspectiva, o MRPVH apela à consciência colectiva e à mobilização geral para que a diferença deixe de ser sinónimo de marginalização, mas, pelo contrário, de riqueza e complementaridade. Porque é na aceitação das nossas fragilidades e das nossas diferenças que reside a verdadeira força da nossa humanidade.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *