O fenómeno do roubo de bens imóveis na República Democrática do Congo é um flagelo desenfreado que enfraquece a estabilidade social e económica do país. No centro deste mal estão redes mafiosas que operam com impunidade, gerando um clima de insegurança e injustiça para os cidadãos congoleses.
Os actos de expropriação, quer afectem a propriedade do Estado ou dos indivíduos, representam um verdadeiro ataque à integridade e à soberania da nação. Estas práticas ilegais, muitas vezes levadas a cabo em cumplicidade com autoridades políticas, militares, judiciais ou policiais corruptas, comprometem os próprios fundamentos do Estado de direito.
A corrupção endémica que assola as instituições congolesas favorece o surgimento de redes de saqueadores, dispostos a tudo para enriquecer em detrimento do bem comum. As consequências destas ações são devastadoras para a população congolesa, já gravemente afetada por décadas de crises políticas e económicas.
A impunidade de que gozam os saqueadores, protegidos pela sua posição social e pela sua cumplicidade dentro da máquina do poder, acentua o sentimento de injustiça e abandono na população. As vítimas de expropriação encontram-se muitas vezes desamparadas face a um sistema judicial infiltrado e corrupto, incapaz de lhes proporcionar justiça.
Perante esta situação alarmante, é imperativo implementar reformas profundas destinadas a reforçar o Estado de direito e a combater a corrupção em todas as suas formas. É essencial proteger a propriedade e os direitos dos cidadãos congoleses, garantir a justiça e a transparência na gestão dos assuntos públicos e punir severamente os autores da expropriação.
A sociedade congolesa, a Igreja Católica e o próprio Estado são vítimas desta prevaricação generalizada. É tempo de pôr fim a este flagelo e de dar esperança a um povo ferido por anos de desvios e violações dos seus direitos fundamentais.
É urgente que as autoridades congolesas tomem medidas concretas para proteger o património do Estado e dos cidadãos, para combater a corrupção e para restaurar a confiança da população nas instituições públicas. A estabilidade e o desenvolvimento da República Democrática do Congo dependem disso.