A diplomacia congolesa está a dar uma nova guinada na cena internacional, orquestrada pelo Presidente Félix Tshisekedi. A era tumultuada de reveses políticos e lutas internas parece estar a desaparecer face a uma visão mais clara e ambiciosa para a República Democrática do Congo.
As recentes iniciativas do chefe de Estado congolês durante a cimeira de Paris ressoaram como um sinal forte, marcando uma ruptura com práticas passadas. A condenação da presença do Ruanda no território congolês e a reafirmação do respeito pelas fronteiras herdadas da colonização marcaram uma viragem decisiva na diplomacia congolesa.
A diplomacia “fatshimétrica” está agora a emergir como uma estratégia concertada para beneficiar de alianças internacionais, preservando simultaneamente os interesses nacionais. A reconstrução do exército congolês e a consolidação dos laços regionais constituem os pilares desta nova abordagem.
A questão crucial dos membros não permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas para o período 2025-2027 representa uma questão importante para a RDC. As possibilidades reais da República Democrática do Congo obter este assento ilustram a confiança renovada da comunidade internacional no país e a sua diplomacia sob a presidência de Félix Tshisekedi.
A próxima cimeira de Luanda promete ser um passo fundamental no estabelecimento desta nova postura diplomática. A exigência de um plano detalhado por parte das tropas ruandesas presentes na RDC e a responsabilização pelas acções tomadas marcarão um passo significativo em direcção à resolução de conflitos regionais e à promoção da paz.
A RD Congo recupera assim o seu lugar legítimo na cena internacional, como ator fundamental na resolução de crises regionais e na defesa dos seus interesses soberanos. A diplomacia “fatshimétrica” afirma-se como um vetor de estabilidade e prosperidade para um país que procura reconhecimento e respeito no cenário mundial.