Por ocasião do discurso do Rei de Marrocos na sessão parlamentar de outono, uma questão candente foi abordada com força e convicção: o Sahara Ocidental. Durante este evento solene, Mohammed VI falou perante os membros do Parlamento marroquino, vestido com o seu traje tradicional, para expressar a sua gratidão à França pelo seu apoio inabalável ao carácter marroquino do Sahara.
É inegável que esta questão é crucial para o povo marroquino, considerando o Sahara Ocidental como a sua “primeira causa nacional”. Num gesto forte, o Presidente francês Emmanuel Macron deu o seu apoio ao plano de autonomia proposto por Rabat para esta região. Esta posição francesa insere-se numa dinâmica positiva, sublinhada pelo rei Mohammed VI, que conseguiu obter o reconhecimento de países influentes como os Estados Unidos e a França, membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Este discurso surge num momento chave, quando as relações diplomáticas entre França e Marrocos vivem um aquecimento significativo, simbolizado pela visita de Estado planeada de Emmanuel Macron ao reino no final de outubro. Esta aproximação entre os dois países tem implicações não só políticas, mas também económicas, abrindo novas oportunidades de cooperação e desenvolvimento.
Em última análise, este reconhecimento do presidente francês ao plano marroquino para o Sahara Ocidental destaca a importância da estabilidade e da cooperação regional para superar desafios comuns. Ao apoiar Rabat nesta questão delicada, a França demonstra o seu compromisso com a paz e a prosperidade na região.
Assim, o discurso do rei Mohammed VI marca uma viragem na questão do Sahara Ocidental e testemunha a solidez dos laços entre Marrocos e França. Abre caminho a novas perspectivas de colaboração e diálogo, essenciais para garantir um futuro estável e próspero para todas as pessoas da região.