Os actuais acontecimentos na República Democrática do Congo continuam a ser marcados pela violência e pela instabilidade, particularmente na região de Mambasa, em Ituri, onde os ataques dos rebeldes das ADF semearam o terror entre a população local. No espaço de um mês, pelo menos trinta e duas pessoas perderam a vida nestes ataques, causando também o deslocamento de mais de oito mil civis. A situação é alarmante e exige uma acção urgente por parte das autoridades competentes.
Os actores da sociedade civil e os defensores dos direitos humanos no terreno estão a soar o alarme, denunciando a ocupação de várias áreas agrícolas pelos rebeldes, privando assim os residentes dos seus meios de subsistência. Os repetidos ataques das FAD e dos seus aliados Mai-Mai contribuem para a insegurança persistente na região, pondo em perigo a vida de civis, especialmente de agricultores que são directamente afectados por esta violência.
O impacto desta violência é devastador, como evidenciado pelo recente incidente na aldeia de Luhindi, onde os rebeldes cometeram abusos e queimaram casas. Os moradores vivem em constante medo, sem saber quando ou onde ocorrerá o próximo ataque. É urgente proteger estas populações vulneráveis e pôr fim a esta espiral de violência que só piora.
Os apelos das personalidades locais à intervenção das forças de segurança, nomeadamente das FARDC e dos seus aliados, para neutralizar os rebeldes e restaurar a paz na região, são legítimos e necessários. É imperativo que sejam tomadas medidas concretas para garantir a segurança dos civis e protegê-los dos ataques de grupos armados que semeiam o terror.
A comunidade internacional não deve permanecer indiferente a esta crise humanitária cada vez pior. Ações concertadas e cooperação reforçada entre atores locais, nacionais e internacionais são essenciais para pôr fim a esta violência e permitir que as populações vivam em paz e segurança.
Já é tempo de serem postas em prática soluções duradouras para acabar com a impunidade dos grupos armados e garantir a protecção dos civis. Os habitantes da região de Mambasa merecem viver em serenidade e estabilidade, longe dos horrores da guerra e da violência que marcaram a sua vida quotidiana durante demasiado tempo.