As consequências desastrosas das alterações climáticas nos recursos hídricos em 2023

Em 2023, os efeitos das alterações climáticas nos recursos hídricos foram mais pronunciados do que nunca, marcando um ano recorde de calor extremo e seca generalizada em muitas partes do mundo. O relatório “Estado dos Recursos Hídricos Mundiais”, publicado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) em Outubro passado, fornece uma avaliação alarmante da situação.

O estudo destaca o impacto do aquecimento global em diferentes fontes de água, incluindo rios, lagos, reservatórios, águas subterrâneas, umidade do solo, geleiras e evaporação de água em terras e plantas. Os dados recolhidos ao longo de um período de 33 anos mostraram que 2023 foi o ano mais seco de que há registo, com grandes áreas afetadas por condições de seca extrema.

Regiões como a Amazónia na América do Sul e o Lago Titicaca enfrentaram condições de seca generalizada, enquanto outras partes do mundo, como a Oceânia, foram atingidas por inundações devastadoras. O chefe da OMM alertou para ciclos hidrológicos cada vez mais erráticos, com eventos climáticos extremos, como inundações repentinas e secas severas.

Em Novembro de 2023, pelo menos 130 pessoas perderam a vida no Corno de África depois de fortes chuvas terem causado inundações descritas pelas agências humanitárias como um acontecimento que ocorre uma vez em 100 anos. Esta tragédia realça a urgência de medidas para mitigar os efeitos das alterações climáticas nos recursos hídricos.

A OMM apelou a uma melhor recolha e partilha de dados para compreender melhor a situação dos recursos hídricos e permitir que os países e as comunidades tomem medidas eficazes. Perante a crescente instabilidade do ciclo hidrológico, é essencial reforçar a resiliência a fenómenos meteorológicos extremos e promover uma gestão sustentável da água para garantir a segurança de todos.

Em conclusão, o ano de 2023 será lembrado como um alerta severo sobre as consequências devastadoras das alterações climáticas nos recursos hídricos. Chegou a altura de tomar medidas concertadas e urgentes para preservar este bem precioso e garantir um futuro sustentável para as gerações vindouras.

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