Um grande acontecimento político ocorreu esta semana no Quénia, quando apoiantes e opositores do vice-presidente Rigathi Gachagua entraram em confronto em fóruns públicos sobre uma moção de impeachment apresentada no parlamento pela aliança no poder. As alegações contra Gachagua incluem o seu apoio aos protestos antigovernamentais de Junho passado, bem como acusações de corrupção e outras irregularidades, alegações que ele contesta vigorosamente.
A iniciativa de impeachment foi apresentada ao parlamento na passada terça-feira, e os quenianos foram convidados a preencher formulários de participação pública nos seus respectivos círculos eleitorais até à sexta-feira seguinte. Fóruns públicos foram realizados em todo o país para discutir esta moção de impeachment.
Em Nairobi, a capital, um fórum público em Bomas, no Quénia, assistiu a violentos confrontos entre os apoiantes do Presidente William Ruto e os que apoiavam Gachagua. Cadeiras foram atiradas para o auditório e um conhecido activista, Morara Kebaso, conhecido por expor projectos governamentais bloqueados, disse estar ferido.
No condado de Nyandarua, os opositores foram considerados traidores e expulsos do salão comunitário. A tensão e as divisões entre os apoiantes e os opositores do vice-presidente são palpáveis em todo o país.
O Senado deve considerar a moção de impeachment na próxima terça-feira. Este caso destaca a profunda polarização política em curso no Quénia e destaca questões importantes relacionadas com a governação, a transparência e a luta contra a corrupção no país.
Os Quenianos são chamados a permanecer vigilantes, a participar no processo democrático e a fazer ouvir as suas vozes nesta questão crucial para o futuro político da sua nação.